Deputados comentam os atos de vandalismo após o Carnaval na Esplanada Ferroviária

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Deputados falam que é necessário segurança e organização para os festejos de Carnaval
07/03/2019 - 12:08 Por: Christiane Mesquita   Foto: Victor Chileno

Ao subir na tribuna, na sessão ordinária desta manhã (7), o deputado estadual Herculano Borges (SD) relatou algumas situações de vandalismo ocorridas após o Carnaval da Esplanada Ferroviária, em Campo Grande. “Ruas cheias de sujeira, carros furtados, adolescentes detidos, 40 jovens em coma alcoólico atendidos pela saúde, acidentes, roubos, fachadas de lojas quebradas, monumentos e lugares que pertencem ao patrimônio da cidade depredados. Qual é o custo benefício de festividades como esta?”,questionou o parlamentar.

Herculano Borges também falou de limites contidos no Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre o Ministério Público do Estado (MPE/MS), a Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG). “O que aconteceria se não houvesse o limite de horário de 14h as 22h para o término da passagem dos blocos? Atitudes devem ser tomadas para que em 2020 o Carnaval seja uma festa organizada, que proteja todos os cidadãos e comerciantes. Os órgãos públicos devem tomar ações mais enérgicas”, assegurou o deputado.


Capitão Contar, Lucas de Lima, Evander Vendramini e Pedro Kemp

O deputado estadual Capitão Contar (PSL) apresentou dados fornecidos pelo Serviço de Atendimento Móvel à Urgência (Samu). “As notícias infelizmente são lamentáveis. Eu sou favorável às pessoas terem o direito de irem às ruas se manifestar culturalmente, mas que aprendam a separar as coisas, sem vandalismo. O Samu recebeu mais de duzentas chamadas de emergência, 80 destas de jovens alcoolizados, quem nem sabiam dizer os locais onde estavam para serem atendidos. Esse assunto envolve educação e segurança”, completou Contar.

O deputado Lucas de Lima (SD) considera que um maiores problemas de Campo Grande é a ausência de um espaço amplo para a realização de eventos. “Além da segurança, o que falta na cidade é um local para a realização de eventos, seja de pequeno, médio ou grande porte. Até a exposição está arriscada a perder o lugar que tinha aqui. Campo Grande é uma capital, então é necessário ter um grande espaço para eventos, inclusive Carnaval”, registrou o parlamentar.

O deputado Evander Vendramini (PP) afirmou que quando há organização e segurança, o Carnaval pode ter êxito. “Há a necessidade de organização em primeiro lugar. Em Corumbá, graças a isso não tivemos fatos que maculassem nossa festa. A Polícia Militar [PMMS] esteve presente, junto à segurança particular e a inteligência da Polícia Civil [PC]. É preciso organização principalmente da parte da Segurança Pública. A Prefeitura de Campo Grande e de todos os municípios do Estado precisa fazer com que haja segurança”, destacou Evander.

Já o deputado Pedro Kemp (PT) argumentou que é preciso levar em consideração que o Carnaval é a festa mais popular do mundo. “No mundo e no Brasil faz parte de nossa cultura. Participei de todas as discussões com a prefeitura municipal e órgãos envolvidos. Quem não cumpriu o acordo foi a prefeitura, quando cancelou o Carnaval  na Interlagos. No primeiro dia na Esplanada compareceram 42 mil pessoas, eu participei de 4 noites de Carnaval tranqüilo. O que faltou foi a instalação de lixeiras, banheiros químicos e reforço de policiamento. Não adianta tentar destruir e desqualificar a maior e mais democrática festa popular. Faço um apelo que a prefeitura organize o carnaval nos bairros e em algumas regiões da cidade para desconcentrar o fluxo de pessoas na Ferroviária”, sugeriu Kemp.


Lidio Lopes considera que a população deve ser conscientizada

O deputado Lidio Lopes (PATRI) ressaltou a importância do respeito à maior festa popular do País. “Respeitamos isso, meus pais brincavam o Carnaval, eu também, porém a história dos carnavais foi mudando conforme o tempo, o problema vivido hoje é de uma geração desenfreada e sem limites que acha que deve beber demais e acaba destruindo o patrimônio público. Também é inaceitável ver as bocas de lobo entupidas com copos plásticos e garrafas pets, além da urina em vários locais mesmo com banheiros químicos instalados. É necessário um trabalho de conscientização da sociedade”, constatou.

O deputado Professor Rinaldo (PSDB) registrou que a reflexão trazida a tribuna é válida para todo o território nacional. “Esse assunto mexe com todo o Brasil. Gostando ou não, devemos respeitar o Carnaval. Eu particularmente nunca gostei por conta da falta de limite entre as pessoas. Se todos tivessem comportamento e educação, seria ótimo. O que eu vi em Campo Grande não foi só a falha do Poder Público, mas dezenas de garotos alcoolizados que não deveriam estar nas ruas, prova de que a base de tudo, a família, está destruída. Espero que a nossa cidade esteja preparada no próximo ano, com todos os entes envolvidos cumprindo seu papel com responsabilidade, inclusive as famílias”, relatou.


João Henrique lembrou que o Carnaval movimenta a ecnonomia

O deputado estadual João Henrique (PR) comentou a geração de empregos e renda com os cinco dias de Carnaval no Brasil. “Nesta festa maravilhosa que une todas as classes, só em São Paulo, foi previsto que o Carnaval movimentaria R$ 1,9 bilhão, além de impulsionar o turismo. O Poder Público precisa lutar por essas pessoas que ajudam a incrementar a economia do País. As atividades comerciais devem ser protegidas para que os comerciantes continuem a gerar e produzir riqueza, com garantia de segurança e proteção para que a festa aconteça”, enfatizou.

 

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