Feminicídio não pode ter progressão de regime de pena, defende deputado 

Imagem: Rinaldo defendeu projeto em tramitação na Câmara Federal que aumenta tempo de prisão, em caso de feminicídio
Rinaldo defendeu projeto em tramitação na Câmara Federal que aumenta tempo de prisão, em caso de feminicídio
03/04/2019 - 11:27 Por: Heloíse Gimenes   Foto: Luciana Nassar

O caso da vendedora Cristiane da Silva Marins, de 38 anos, morta pelo seu companheiro Alexandre França dos Santos, que cumpria liberdade condicional por outro feminicídio, veio a público nesta semana e gerou comoção em todo o País. Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Professor Rinaldo (PSDB) defendeu a aprovação de um Projeto de Lei, em tramitação no Congresso Nacional, que retira toda progressão de pena e o aumento do tempo mínimo da prisão, nos casos de feminicídio.   

Na tribuna, o parlamentar deu detalhes sobre a morte da vendedora e disse que os crimes devem ser debatidos sob dois ângulos. “Existe a perspectiva emergencial, que é o endurecimento da pena. E a prevenção, em longo prazo. A cada duas horas uma mulher é morta. Não podemos assistir de braços cruzados. Feminicídio não pode ter progressão de regime de pena. A sociedade precisa cobrar do Congresso a aprovação urgente desta proposta”, afirmou.

Hoje, quem comete este tipo de crime tem direito ao regime semiaberto quando cumpre 2/5 da pena. O Projeto de Lei 1568, de autoria da deputada federal Rose Modesto (PSDB), da nova redação ao artigo 121 do Código Penal ao definir que a reclusão nos casos de cometer homicídio contra a mulher por razões da condição de sexo feminino passa a ser de 20 a 30 anos. O texto atual define que a prisão poderá ser definida pelo juiz entre 12 e 30 anos.

 



 

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