ALMS recebe visita da coordenadora nacional da Secretaria de Saúde Indígena

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Coordenadora nacional da Sesai conversou sobre perspectivas da nova gestão
30/04/2019 - 12:30 Por: Ana Maria Assis   Foto: Luciana Nassar

A coordenadora da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, Silvia Nobre Waiãpi, foi recebida na manhã desta terça-feira (30) pelo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS), deputado Paulo Corrêa (PSDB), no gabinete da presidência. A visita contou com a participação dos deputados Felipe Orro (PSDB), Antônio Vaz (PRB), Evander Vendramini (PP) e, ainda, com o coordenador da Sesai em Campo Grande, o indígena Fernando Souza.

O deputado Paulo Corrêa parabenizou a coordenadora e mencionou a importância de Silvia ocupar o cargo na Secretaria, sendo indígena e mulher, e afirmou que as portas da ALMS estão abertas para parcerias em prol da saúde da população indígena. “Nós temos uma preocupação com a garantia dos direitos básicos dos indígenas e nesta casa temos parlamentares de todas as regiões do Estado que se atentam a essa questão”, comentou Corrêa.

Silvia assumiu a coordenação nacional da Sesai no dia 24 de abril, segundo ela, um dos objetivos da nova gestão é a transparência. “Pretendemos melhorar a fiscalização para combater a corrupção e melhorar os atendimentos com os recursos sendo destinados da forma correta”, afirmou Silvia.

Conforme o coordenador da Sesai em Campo Grande, Fernando Souza, o estado de Mato Grosso do Sul possui 81 mil indígenas distribuídos em 32 municípios. Ele afirma que para atendê-los, a Sesai conta atualmente com 760 profissionais, sendo que 65% deles são indígenas. “Precisamos de mais profissionais, mais psicólogos e assistentes sociais. Nos últimos 20 anos, cerca de 900 indígenas foram vítimas de suicídio”, alertou.

O coordenador destacou também que do total de mortes de indígenas em Mato Grosso do Sul, 25% apresentam causa violenta. A intenção da Sesai, segundo Silvia e Souza, é fortalecer vínculos com as instituições públicas, a fim de promover com mais efetividade à saúde dos povos indígenas.

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