Altos índices de suicídio, automutilação e feminicídio preocupam parlamentares

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Deputados Lidio Lopes e Professor Rinaldo reverberaram temas de seminário da Unale
21/05/2019 - 11:43 Por: Fernanda Kintschner   Foto: Luciana Nassar

Os deputados estaduais repercutiram durante a sessão plenária desta terça-feira (21) os altos índices de feminicídio e violência contra a mulher, a automutilação e suicídio entre jovens e o Sistema Único de Segurança Pública, temas debatidos no 1º Seminário Regional de Promoção e Defesa da Cidadania, promovido pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale).

Quem representou a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul no encontro, ocorrido em Brasília, foi o deputado Lidio Lopes (PATRI). “São temas de muita preocupação dos legisladores, pois os índices são assustadores. Citaram que no Distrito Federal somente este ano 215 pessoas já se suicidaram. Outros 20% dos jovens brasileiros se automutilam, de maneira silenciosa muitas vezes, nos órgãos genitais. O feminicídio aumentou 34%. Eu contei do caso em Costa Rica, o ex-marido matou a mulher a machadadas em frente ao filho dizendo que era porque ‘ela estava muito feliz’ sem ele. A que ponto chegamos”, lamentou Lidio.

O parlamentar afirmou que outros deputados apresentaram dados de uma pesquisa com 2 mil jovens , em que eles dizem evitar o choro e reprimem os sentimentos perante os problemas ou se escondem para chorar. “Há caso de criança de seis anos sendo atendida com depressão no SUS [Sistema Único de Saúde], preocupante. Elogiei em público a Segurança Pública do nosso estado que implementou a Sala Lilás em três delegacias e estamos indo para a quarta, um espaço separado para o atendimento diferenciado às pessoas que sofreram abusos ou violência, com todo o apoio psicológico para que ela não fique constrangida. Esse foi um exemplo de enfrentamento, que permite as pessoas se encorajarem a denunciar”, disse Lidio Lopes.

Para o deputado Professor Rinaldo (PSDB), o Mato Grosso do Sul é um referencial positivo em várias áreas e o debate da Unale é importante para a construção de mais políticas públicas. “Temos a Casa da Mulher Brasileira que apoia as vítimas, agora temos as Salas Lilás e os números mostram o suporte dado para denunciar. Temos que respeitar e acolher quem mais precisa, por exemplo as crianças, em que os dados mostram que a cada 8 minutos um menor de 12 anos de idade é abusado. Antigamente se fazia o corpo de delito ao lado do agressor, hoje com a sala em separado vai ajudar muito”, concluiu.

A Unale está promovendo vários debates regionais, o próximo será na Região Norte na Assembleia Legislativa do Amazonas, em Manaus, dia 13 de junho – saiba mais sobre estas pautas e eventos clicando aqui.

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