Sociedade conscientizada poderá cobrar o retorno dos impostos, diz jovem empresário

Imagem: Rafael Rotta usou a tribuna a convite do deputado Capitão Contar (PSL)
Rafael Rotta usou a tribuna a convite do deputado Capitão Contar (PSL)
23/05/2019 - 11:56 Por: Heloíse Gimenes   Foto: Luciana Nassar

O presidente do Conselho de Jovens Empresários da Associação Comercial Industrial de Campo Grande, Rafael Rotta, participou da sessão ordinária desta quinta-feira (23) para informar sobre o Feirão do Imposto, que acontecerá no próximo sábado. A convite do deputado Capitão Contar (PSL), ele disse que vários estabelecimentos comerciais estão engajados na ação de conscientização sobre o impacto dos tributos pagos no preço final dos produtos e serviços.  

“Os estabelecimentos parceiros vão vender produtos sem a cobrança de impostos. Com o tema Menos é Mais, essa 13ª edição quer evidenciar que menos impostos, arrecadados dentro de um sistema tributário eficiente, significa mais retorno para o cidadão. Também vamos reiterar o nosso apoio à reforma tributária”, afirmou.

Na tribuna, Rafael disse que somente uma sociedade conscientizada poderá cobrar o retorno dos impostos pagos. “Isso pode fazer com que o governo entenda a necessidade de diminuir os seus gastos, ao invés de elevar ainda mais a carga tributária paga pela população. Os brasileiros trabalham de janeiro a maio, exclusivamente, para pagar impostos”, disse.

Rafael citou dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), constatando que a alta carga tributária consome mais de 40% de tudo que é produzido no Brasil. “Para terem uma dimensão do impacto disso, 68,76% do valor do smartphone importado é imposto; 69,53% do preço final da maquiagem é imposto; mais da metade do preço da gasolina é composto por impostos. Com esta ação queremos reivindicar mais eficiência na aplicação do dinheiro arrecadado pelos contribuintes”, acrescentou.

Conforme o presidente do Conselho, em Campo Grande o total de impostos pagos de janeiro a maio deste ano alcançou R$ 455 milhões, um aumento de R$ 8,3% em relação ao ano passado. Os contribuintes brasileiros já pagaram neste ano R$ 944 bilhões em tributos, sendo R$ 52 bilhões a mais que o mesmo período de 2018.

“No aspecto econômico há menos geração de empregos e o custo de vida fica mais alto, o que também atrapalha o empresário para a realização de investimentos. Esse custo tributário torna a atividade empresarial quase que impraticável, gera recessão econômica e atrapalha a sociedade como um todo, já que não há o retorno devido esperado”, ressaltou.

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