40 anos ALMS: Histórias que se entrelaçam com a Casa de Leis

Imagem: Telma Regina recebeu o apoio dos amigos para enfrentar o tratamento contra o câncer
Telma Regina recebeu o apoio dos amigos para enfrentar o tratamento contra o câncer
18/07/2019 - 08:18 Por: Heloíse Gimenes   Foto: Wagner Guimarães e Luciana Nassar

Em 1979 nasceu a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS) e, junto com ela, foram germinados os sonhos de centenas de pessoas. É o caso de Cícero Carlos da Silva, que aos 14 anos foi convidado a ser office boy na Casa de Leis. “Naquela época, criança podia trabalhar. Quando aceitei a proposta de emprego, minhas pernas tremiam. Não tinha ideia do que me esperava, só tinha a certeza do desejo de voar alto”, disse.         

Na euforia de um grande começo, Cícero logo buscou um referencial, o advogado Cleómenes Nunes da Cunha. Os anos passaram e o menino foi ganhando confiança e responsabilidade. A passagem para a vida adulta, ele não lembra. “Estava focado em aprender, em me tornar um homem que orgulhasse meus pais. E assim foi, graças a Deus”.


Cícero tem orgulho da carteira de trabalho assinada desde fevererio de 1981

Na formação do Legislativo, os servidores aprenderam e cresceram juntos. O ambiente de trabalho, segundo Cícero, era favorável para o melhor desempenho das funções e o alcance dos objetivos individuais e profissionais. A trajetória de vida daquele jovem se entrelaçou com a história da Assembleia. Ele teve três filhos, iniciou a faculdade de Direito e acompanhou todas as mudanças administrativas ocorridas na Casa de Leis.         

Em 1998, um acidente de trânsito o afastou por dois anos do serviço. “Eu não falava e não andava. Aos poucos fui me recuperando. Ouvi conselhos para desligar do meu ofício, mas eu lutei, pois não queria ficar parado, longe da Assembleia. Ter um trabalho dignifica, me faz sentir útil”, relatou. Hoje, aos 54 anos, Cícero começa a pensar na aposentadoria, mas o aperto no coração continua o mesmo.

Apoio e superação

A vida de quem passa por tratamento de câncer é transformada em vários aspectos. A servidora Telma Regina dos Santos Justi contou com o apoio da família e dos amigos para enfrentar o diagnóstico de câncer de tireoide no ano passado. “Saber que têm nódulos malignos no corpo, assusta. Eu ouvi de várias pessoas que o câncer de tireóide era bonzinho, mas como um câncer pode ser bonzinho? Os danos emocionais são os mesmos, nesta hora o apoio é fundamental”, lembrou Telminha, como é chamada pelos colegas.


Telminha viu no trabalho uma forma de superar a crise emocional 

Após passar pela cirurgia de retirada da glândula, o desafio foi cuidar da saúde mental. Telminha viu nas mídias sociais um espaço para sair da depressão que já batia a porta. Ela conta que o afastamento do trabalho aprofundou a crise emocional.

“Comecei a acompanhar diariamente a Assembleia pelo site institucional e rede social. Percebi que retornar ao trabalho iria ajudar minha recuperação e pedi para meu médico interromper o atestado. Estar aqui trabalhando hoje é fundamental, pois me sinto útil. Ser abraçada pelos amigos me faz superar. Têm dias difíceis, alguns sintomas são ruins, mas eu luto a cada dia, porque graças a Deus tenho um trabalho que me fez mais forte e me ajuda a superar”.

Em diversas entrevistas, o presidente Paulo Corrêa (PSDB) declarou que a administração da atual Mesa Diretora é empresarial e compartilhada. Já a gestão de pessoas busca a valorização dos profissionais e do ser humano, como Cícero e Telma, que revelam diariamente o comprometimennto com o desenvolvimento e o crescimento da instituição. 

Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.