Com parceria da ALEMS, Seminário da Guavira fortalece produtores de MS

Imagem: Deputado Renato Câmara representou o Legislativo e é o autor da Lei que põe a guavira como símbolo do MS
Deputado Renato Câmara representou o Legislativo e é o autor da Lei que põe a guavira como símbolo do MS
29/10/2019 - 10:06 Por: Fernanda Kintschner   Foto: Toninho Souza

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) promove nesta quarta-feira (29) a 2ª edição do Seminário Estadual da Guavira, no anfiteatro do Complexo Multiuso Dercir Ribeiro da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), proponente do evento junto ao Legislativo, com parceria da Fiocruz Mato Grosso do Sul e da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), para ampliar os debates sobre o desenvolvimento da cadeia produtiva da guavira no Estado. O evento é gratuito e ocorrerá durante o dia todo - confira a programação completa clicando aqui.

O deputado Renato Câmara (MDB) representou a Casa de Leis e também é o autor da Lei 5.082/2017, que declarou a guavira como fruto símbolo do Estado. “Esse é um evento gerado por um trabalho de várias mãos e que mostra o potencial da pesquisa, da produção e do beneficiamento desse fruto que virou símbolo por uma proposição nossa. A natureza é a chave para identificarmos a nossa cultura, fortalecermos nossas raízes e reconhecermos nossas tradições. Podemos avançar em muito na cadeia produtiva”, destacou o deputado.

Segundo dados da Agraer, a guavira é uma planta originária do Brasil, encontrada em abundância no Cerrado. É consumida principalmente in natura, podendo ser processada para várias iguarias, como polpa, sorvete e licor. A forma de produção é extrativista e sua colheita ocorre entre outubro e dezembro.

Representando o Sebrae/MS, Vitor Faria disse que há inúmeras consultorias disponíveis para quem deseja produzir o fruto e que há um nicho de mercado grande a ser explorado. “Estamos indo a campo falar com os agropecuaristas que tenham o perfil para implementar essa nova fonte de renda. Além disso, a indústria também tem esse potencial para se fortalecer, visto que faltam possibilidades para processamento dos inúmeros produtos que podem ser feitos com a guavira", considerou.

 No evento havia barracas com rapadura de guavira, licor, poupa, casca da árvore para chás, bolos, pates, compotas e até frisante da fruta é possível obter. Uma das organizadoras, a professora do curso da Faculdade de Farmácia e Nutrição da UFMS, Raquel Pires Campos, enalteceu que a guavira faz parte da memória afetiva do sul-mato-grossense. “Estamos mostrando que é mais rentável preservar o fruto”, disse.

O reitor da UFMS, Marcelo Turini, concordou. “O Seminário mostra que é possível aliar pesquisa, ensino e extensão, ao pequeno produtor, gerando mais renda e até mesmo ao agronegócio, aliado à lavoura, gerando novos empregos e fortalecimento da cadeia de forma sustentável”, ponderou.

Pela manhã as palestras foram sobre integração, novação e produção de mudas para a guavira. Também haverá palestra sobre a classificação dos frutos, pós-colheita e processamento da fruta. Pela tarde serão mostrados relatos de experiências de frutos nativos de outros estados, o aplicativo de mapeamento dos guavirais MapGuav, desenvolvimento de produtos cosméticos e alimentícios e apresentação de modelos de consórcio para a produção.

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