Cabo Almi lembra a importância da luta contra o racismo no Brasil
O deputado estadual Cabo Almi (PT), ao subir na tribuna durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) falou da luta do povo negro contra o preconceito no Estado e no País. “Quero resgatar a comemoração da sessão solene Comenda Zumbi dos Palmares, que era uma proposição do ex-deputado Amarildo Cruz e sempre foi realizada aqui. Um dia de festa e alegria com personalidades que se destacaram na luta contra o racismo”, afirmou.
“Quero doar a minha contribuição a esses seres que são iguais a todos. Eles trabalham, geram emprego, mas em entrevistas de emprego ainda são discriminados. Parece que até as oportunidades escolares também não são as mesmas até hoje. Estudos apontam que 31% dos negros que exercem as mesmas funções que os outros recebem menos. E ainda vemos, infelizmente, cenas desagradáveis de racismo em todo o País e no mundo”, ressaltou o deputado Cabo Almi.
O deputado Eduardo Rocha, 1º vice-presidente da ALEMS, revelou o quanto é relevante para a sociedade sul-mato-grossense a realização desta solenidade “Acho muito importante o resgate desta sessão solene, que sempre foi realizada nesta Casa de Leis. Acredito não ter completado a minha cota de sessões solenes deste ano, vou consultar o número que ainda disponho e cedo uma noite para esta celebração”, afirmou.
Para Barbosinha (DEM), líder do governo na Casa de Leis, o assunto trazido à tribuna é muito pertinente. “O preconceito ainda existe, mesmo que de forma velada. Mas há fatos positivos que tem que ser levados em conta. É a primeira vez que os negros são maiorias nas universidades públicas, em estudo publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. Finalmente as cotas propiciaram um bom resultado. Mas ainda é necessário fazer muito, há muito subemprego, mortes e assassinatos entre a população negra”, informou.
O deputado Professor Rinaldo (PSDB) acredita que o problema no País não é só o racismo em si, mas todo o preconceito existente. “Aqui temos um preconceito enraizado contra tudo, ao pastor, ao padre, a determinada religião, ao negro, ao pobre, ao indígena. Potencializamos ao longo do tempo a discriminação. Temos que promover a paz, amar o semelhante. Eu desejo que o Dia da Consciência Negra, comemorado hoje, se tornasse o dia da consciência e respeito contra todos os preconceitos e que fosse celebrado todos os dias”, enfatizou.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.