Marçal repercute preocupação com coronavírus em Mato Grosso do Sul

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Para Marçal, é preciso melhorar atendimento pelo Sistema Único da Saúde
12/03/2020 - 11:03 Por: Ana Maria Assis   Foto: Luciana Nassar

Deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) debateram na sessão de hoje (12) a respeito do coronavírus e medidas preventivas para combater a contaminação no estado. Marçal Filho (PSDB) é quem levou o debate à tribuna, afirmando que a saúde pública especificamente no interior de Mato Grosso do Sul precisa de melhorias, pois hoje “não tem condições de receber pacientes caso a doença se alastre”.

“Se hoje não podemos atender as pessoas, se a Unidade de Pronto Atendimento de Dourados, por exemplo, está lotada e precisa de mais médicos, significa que hoje não temos condições de enfrentar uma doença como o coronavírus”, alertou Marçal. Para ele, a realidade do interior é mais preocupante em relação à capital, e é preciso tomar providências.

Em aparte, Gerson Claro (PP), líder do governo, afirmou que as pessoas precisam tratar do assunto com seriedade. “Tudo vira piada e meme, mas a sociedade de maneira geral precisa tomar cuidados. A Organização Mundial da Saúde fez o alerta. Se a pessoa sentir os sintomas deve ficar em casa. Nem tudo se resolve pelo poder público. Assim como a dengue”, comparou o deputado.

Para Cabo Almi (PT), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) não manifesta preocupação com a doença. “Estamos diante da maior epidemia do mundo e o Bolsonaro chamou as pessoas para uma manifestação no dia 15, sendo que o momento é de evitar aglomerações. Estamos vendo que o próprio presidente não trata o assunto com a seriedade que merece”, criticou.

Também foi concedido aparte ao deputado Barbosinha (DEM), que comentou o assunto. “Ontem foi declarada a doença como pandemia pela Organização Mundial da Saúde. No Brasil, o calor impede que a doença se espalhe, mas estamos nos aproximando do inverno e a situação fica alarmante. Enquanto tivemos muitas doenças aqui, como a dengue, que não tiveram tanta atenção internacional, vemos que quando surge na europa há uma preocupação geral. Há um impacto violento na economia. Nós, aqui no Brasil, precisamos reavaliar padrões e hábitos, como a forma que cumprimentamos as pessoas, porque a doença se espalha pelo contato físico”, disse Barbosinha.

Lidio Lopes (PATRI) também indicou a necessidade de mudança de hábitos para combater essa e outras doenças. “O Brasil é muito grande e populoso. E nós vivemos com o jeitinho brasileiro, no nosso dia a dia. Empurramos para o outro um problema, quando deveríamos resolver, como é o caso dos terrenos que devemos limpar para evitar a dengue. Neste ano já tivemos mortes por dengue hemorrágica em Chapadão do Sul”, mencionou.

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