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Mobilização internacional alerta para violência contra mulher e defende protagonismo


Avançar no protagonismo para além do lar e conquistar espaços públicos cada vez mais expressivos ainda são bandeiras de luta das mulheres em todo o mundo, na avaliação da vereadora Enfermeira Cida (Podemos). Segundo ela, embora muito disseminados, os direitos, o combate à violência e o empoderamento das mulheres permanecem atrelados a fatores culturais.

"É verdade que tivemos conquistas, mas o patriarcado machista é muito forte. Todo mundo sabe o que faz a primeira-dama de um prefeito, de um governador, por exemplo. Mas, e o 'primeiro-damo'? Nem existe. Somos 52% dos votantes no país, mas não somos incentivadas a nos dedicarmos aos cargos públicos e a desenvolvermos as habilidades relacionadas à política, que todos temos. Essa situação precisa mudar", afirmou a parlamentar, que exerce o primeiro mandado na Câmara Municipal de Campo Grande.

Na tribuna da Casa de Leis, Enfermeira Cida falou a respeito da mobilização internacional que reúne 160 países durante 16 dias de ativismo, com debates e ações que estimulam as denúncias de violência. A mobilização começou no último dia 25 de novembro, data que marca o enfrentamento da violência contra as mulheres, e segue até dia 10 de dezembro - Dia Internacional dos Direitos Humanos. O tema este ano é Não deixar ninguém para trás: acabar com a violência contra mulheres e meninas e atende a um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas: Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. 

A vereadora defende a política de cotas para as mulheres até que a paridade seja alcançada em todos os níveis. "Quero parabenizar esta Casa de Leis pela aprovação de reserva de vagas para negros e indígenas no serviço público, o que representa uma conquista. Da mesma forma, temos que lutar por políticas públicas que assegurem a paridade às mulheres", enfatizou. 

Para a deputada Mara Caseiro (PSDB), que presidia a sessão plenária durante a fala da Enfermeira Cida, o machismo impera em muitos setores profissionais, mas houve avanços. "Muitos homens não aceitam as conquistas das mulheres, o que pode até gerar mais violência, e por isso é tão importante criarmos e aperfeiçoarmos os mecanismos e as políticas públicas de combate à violência", afirmou. O deputado Amarildo Cruz (PT), que convidou a vereadora para se pronunciar na Casa de Leis, também defendeu a mobilização. "Trabalhamos sempre em defesa das ações quem garantam mais direitos e participação às mulheres", reiterou. 

 

Locução: Nivaldo Mota e Ricardo Ortiz / Edição: David Ribas / Técnica: Carol Assis e Flávio Cunha

Fonte: Agência ALMS

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Equipe Rádio Assembleia em 07/12/2017 11:28:00