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Assembleia assina termo de cooperação com Solurb para coletiva seletiva de resíduos


A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul assinou termo de cooperação com a empresa Solurb Soluções Ambientais para implantação da coleta seletiva de resíduos sólidos na Casa de Leis. O documento foi assinado, com a interveniência da Escola do Legislativo Senador Ramez Tebet, durante a terceira sessão ordinária deste ano do Parlamento Jovem, realizada na tarde desta segunda-feira (dia 4) no Plenário Deputado Júlio Maia.

“Os tantos problemas ambientais que temos são resultantes da falta de consciência coletiva. Se quisermos mudar isso e construir um mundo melhor, temos que reverter essa situação”, alertou o presidente da Assembleia, o deputado Júnior Mochi (PMDB), depois da assinatura do termo. Ele lembrou que o ato é realizado em data emblemática: nesta terça-feira, dia 5 de junho, é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente.

O documento também foi assinado pelo presidente da Solurb, Lucas Potrich Dolzan, e pela coordenadora da Escola do Legislativo Senador Ramez Tebet, Cheila Vendramini. Como testemunhas, assinaram a educadora ambiental da Solurb, Lucimara de Oliveira Calvis, e o representante da Secretaria de Estado de Educação (SED), Márcio Aparecido Pinheiro da Silva.

Em discurso depois da assinatura, o deputado Júnior Mochi chamou a atenção para a falta de consciência ambiental. “Hoje um dos maiores problemas que a sociedade enfrenta é relativo ao resíduo sólido. Cada pessoa produz, em média, 1,1 quilo de resíduo por dia e grande parte desse material é inorgânico e que poderia ser reciclado”, informou. “Não herdamos o mundo de nossos pais, mas sim o tomamos emprestado de nossos filhos”, acrescentou, citando um provérbio chinês.

Baixa adesão popular

Sustentabilidade deu o tom para a reunião como todo. Antes de o estudante Vinícius Serra, presidente do Parlamento Jovem, abrir a sessão, houve palestra proferida por Lucimara Calvis. De acordo com a educadora, a participação popular referente à coletiva seletiva ainda é baixa. Na rota da coletiva seletiva, apenas 10% dos domicílios separam adequadamente os resíduos sólidos. “Nosso maior desafio é a adesão da população. De cada dez casas, apenas uma faz a separação para a coleta”, afirmou.

Lucimara também delineou breve histórico da destinação de resíduos em Campo Grande. Ela lembrou que o lixão foi fechado em 2013 dando lugar ao aterro sanitário, espaço com oito metros de profundidade, coberto com lona plástica e com tubulações para captura de gás metano. “Atualmente, temos 32 metros de resíduos, o que totaliza altura de 40 metros, considerando os oito metros abaixo do nível do solo”, contabilizou.

Com essa montanha de resíduos, que  equivale aproximadamente a um prédio de 12 andares, o aterro está no limite, o que exige ampliação do espaço, trabalho que já está sendo realizado. Conforme a educadora, essa situação poderia ser amenizada com o crescimento da adesão à coleta seletiva. Ela explica que o material reciclável entregue pela população tem outro fim que não o aterro: é destinado à Unidade de Tratamento de Resíduos (UTR), onde catadores de três cooperativas transformam em renda o que é descartado pelas pessoas.

Jovens parlamentares

A sessão propriamente dita teve início às 15h15. Fizeram uso da palavra, durante o grande expediente, os deputados jovens Gustavo Andrade e Jéssica Cristina. Ele solicitou serviço de tapa buracos em rua do bairro Estrela do Sul, em Campo Grande. Já Jéssica pediu instalação de semáforo na esquina das ruas Rio Grande do Sul e São Paulo. Os requerimentos foram aprovados por unanimidade.

A sessão foi suspensa para a assinatura do termo de cooperação entre a Assembleia e a Solurb. Antes dos trabalhos serem retomados, o estudante Khristofer Rizzo, presidente do grêmio da Escola Estadual Hércules Maymone, usou a palavra para tratar sobre a importância do protagonismo juvenil. “Somos os futuros líderes”, afirmou.

Para enfatizar o impacto no futuro das ações realizadas no presente, o estudante citou um ditado árabe, segundo o qual “quem planta tâmaras não colhe tâmaras”. “Essa árvore leva até cem anos para dar frutos. Então, certo dia um jovem perguntou a um homem por que ele plantava um pé de tâmaras se não iria comer as frutas. O senhor respondeu: ‘se todos pensassem como você, ninguém comeria tâmaras’”, contou Rizzo.

Sem nenhuma outra fala, o presidente Vinícius Serra declarou encerrada a sessão. O próximo encontro está marcado para as 14h do dia 2 de julho.

Locução: Nivaldo Mota e Ricardo Ortiz / Técnica: Carol Assis e Flávio Cunha.

Fonte: Agência AL MS

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Equipe Rádio Assembleia em 05/06/2018 10:08:00