Deputados prometem intermediar solução para construções da Homex
Os deputados estaduais por Mato Grosso do Sul ocuparam a tribuna durante sessão desta terça-feira (21) para criticar a empresa mexicana Homex, que abandonou empreendimento em Campo Grande, onde firmou contrato de construir três mil casas, em uma área de 15 hectares, próximo ao bairro Paulo Coelho Machado. Diante da presença de diversos moradores do local, eles prometeram intermediar uma solução.
“Vieram nos pedir apoio, para que façamos a ponte com o Poder Público, para que a Homex abra mão do terreno e passe a posse a eles, que já estão morando por lá. A empresa alega que faliu e por isso não terminou as casas, não deu manutenção nas prontas que precisaram, nem deu resposta a ninguém. Mas do que jeito que está não pode ficar”, explicou o deputado Maurício Picarelli (PSDB).
De acordo com o parlamentar, os 24 deputados estão sensibilizados com a questão e devem também falar com a Prefeitura de Campo Grande. “A prefeitura está vendo a possibilidade de comprar o terreno para alocar as pessoas que estão por lá, inclusive as ocupando as construções que ainda não foram terminadas. Essa é uma causa humana. Vamos ver a possibilidade de desapropriar o terreno, já que foi doado para a Homex”, disse.
Para o deputado Dr. Paulo Siufi (MDB), a situação é lamentável. “Quando a prefeitura anunciou o convênio para obra eu era vereador e fui contra. A Câmara pesquisou que a Homex era uma empresa com péssimo histórico. Agora vimos que de fato ela é caloteira. Desapropria mesmo e deixa que continuem morando por lá, que mantiveram as duras penas e não estão pedindo nenhuma mansão”, avaliou Siufi.
Herculano Borges (SD) disse que a situação é uma “tragédia anunciada”. “Eu também era vereador e nós avisamos. Estávamos querendo defender o povo, mas estava na cara que isso ia acontecer”, lamentou.
Para Zé Teixeira (DEM), a situação reflete o momento que passa o Brasil. “Mais de 50 mil pessoas estão na mesma situação que vocês, sem moradia. E isso é um direito. Que possamos votar melhor, em pessoas que cumpram a Constituição Federal”, ressaltou. Felipe Orro (PSDB) concordou. “Moradia é um direito garantido”.
O deputado Professor Rinaldo (PSDB) concordou. “Infelizmente nós como deputados não conseguimos fazer tudo o que queremos, mas como pais estamos solidários a vocês. É triste não ter um teto para se abrigar. Me informaram 1663 pessoas cadastradas esperando moradia digna por lá”, declarou.
O deputado Picarelli finalizou afirmando que agendará uma reunião com a diretora-presidente da Agência Estadual de Habitação (Agehab), Maria do Carmo Avesani Lopez, entre os moradores e deputados, para achar uma solução para a questão.
Locução: Nivaldo Mota e Ricardo Ortiz / Técnica: Carol Assis e Flávio Cunha.
Fonte: Agência AL MS