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Deputados defendem negociação por direitos de índios e produtores em Caarapó


Deputados estaduais comentaram, durante a sessão plenária desta terça-feira (28), a operação realizada desde o último domingo (26) pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) na Fazenda Santa Maria, localizada próximo à estrada que liga Caarapó a Laguna Carapã, a 283 quilômetros de Campo Grande. 

Segundo informações da PM, o Choque foi acionado por denúncia de que havia reféns na fazenda. Pelo menos 100 indígenas da etnia guarani-kaiowá estavam no local. “Não quero entrar no mérito da questão, de quem está certo ou errado, o que quero enfatizar aqui é quando temos crianças, idosos e pessoas vulneráveis, não cabe qualquer ato de truculência”, afirmou o deputado Pedro Kemp (PT).

Na tribuna da Casa de Leis, ele afirmou que indígenas e produtores precisam ter os devidos direitos assegurados e que, em se tratando de decisão judicial, a desocupação da área deveria ter sido feita de forma negociada. “O que chegou até nós é que houve uma verdadeira operação de guerra, com helicóptero, bombas de gás lacrimogêneo, enfim, é desnecessário. O governo precisa cumprir o seu papel de intermediar as soluções e resolver conflitos de forma pacífica”, reiterou Kemp.

Para os deputados Barbosinha (DEM), Zé Teixeira (DEM) e Cabo Almi (PT), nada justifica possíveis agressões, mas cabe às forças policiais restabelecerem a ordem. “O que não podemos é permitir o estado de caos”, disse Barbosinha. “Quando há agressão, a Justiça do Estado precisa intervir e cumprir a lei”, afirmou Zé Teixeira. “Se não houver resistência, não tem porque ter truculência”, analisou Almi.

Segundo os deputados Professor Rinaldo (PSDB) e Mara Caseiro (PSDB), índios e produtores são igualmente vítimas.  “De um lado, temos aqueles que adquiriram as terras de boa fé e, do outro, os indígenas. É um impasse histórico que precisa ter fim”, disse Rinaldo. “Se houve uma decisão judicial, deve ser cumprida, mas truculência, jamais. Índios e produtores são vítimas de todo um sistema”, reforçou Mara.

Locução: Nivaldo Mota e Ricardo Ortiz / Técnica: Carol Assis e Flávio Cunha.

Fonte: Agência AL MS

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Equipe Rádio Assembleia em 29/08/2018 09:50:00