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Parlamentares avaliam Programa Mais Médicos do Governo Federal


Criado pelo Governo Federal em 2013, para ampliar a assistência médica em regiões com carência de profissionais, com ações conjuntas entre os Ministérios da Saúde e da Educação, o Programa Mais Médicos foi tema de debates durante a sessão plenária desta quarta-feira (21).

Foram abertas inscrições para os profissionais interessados em fazer parte do programa após a saída dos médicos cubanos. Ao todo, são ofertadas 8.517 vagas, distribuídas em 2.824 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIS). “Uma fala depreciativa e irresponsável do senhor Bolsonaro [presidente eleito, Jair Bolsonaro] acabou ofendendo a nação cubana como um todo. Quem vai sofrer é o pobre, brasileiro, que não tem assistência médica. Quero ver preencher todas as vagas somente com médicos brasileiros”, enfatizou o deputado Pedro Kemp (PT).

Segundo ele, os médicos cubanos vinham se dedicando à medicina preventiva na Rede Básica de Saúde e às visitas domiciliares a quem mais precisa. “Conversei com o prefeito de Dourados, de Rio Verde e São Gabriel, à época da implantação do Mais Médicos, e todos somente fizeram elogios aos profissionais cubanos. A atitude do presidente eleito só gera indignação e revolta”, disse.

Os deputados Barbosinha (DEM) e Dr. Paulo Siufi (MDB) defenderam critérios mais rigorosos para a contratação de médicos estrangeiros. “Não podemos ter uma visão romântica de Cuba, que está com a economia em frangalhos e vive uma profunda ditadura, uma crise sem precedentes”, disse o democrata. Segundo ele, a saída do Mais Médicos pode despertar novas reflexões quanto à necessidade de democratização do país.

“Não acredito que vamos sofrer tanto assim porque as vagas serão preenchidas pelos médicos brasileiros. É inegável que a formação é diferenciada”, analisou Siufi. Já Cabo Almi (PT), demonstrou preocupação. “Antes, já estava difícil encontrarmos especialistas nos postos, nas UPAS [Unidades de Pronto Atendimento] de Campo Grande. Quero só ver como ficará agora”, disse.

Líder do Governo na Casa de Leis, Professor Rinaldo (PSDB) considerou inadmissíveis as condições de trabalho oferecidas aos médicos cubanos. “Em pleno século XXI, não podemos imaginar que pessoas estejam sofrendo, longe das famílias, e destinam 70% dos seus ganhos para o governo cubano. É inaceitável e queremos que a situação melhore o quanto antes”, afirmou o deputado.

Locução: Edson Godoy e Ricardo Ortiz / Técnica: Carol Assis e Flávio Cunha.

Fonte: Agência AL MS

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Equipe Rádio Assembleia em 22/11/2018 14:44:00