Febre Maculosa é destaque do programa Vida Saudável da Rádio ALEMS

Imagem: O entrevistado desta edição é o médico reumatologista Isaías Costa, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
O entrevistado desta edição é o médico reumatologista Isaías Costa, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
10/07/2023 - 11:24 Por: Regiane Ribeiro   Foto: Regiane Ribeiro

O programa Vida Saudável está de volta na programação da Rádio ALEMS, com objetivo de manter a população sul-mato-grossense informada sobre assuntos importantes relacionados à área de saúde. E nesta edição do programa que vai ao nesta segunda-feira (10), traz um bate-papo com o professor doutor e médico reumatologista Isaías Costa, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Na oportunidade, ele fala sobre o comportamento do carrapato estrela e seus hospedeiros bem como sobre os sintomas da doença, que tem preocupado as autoridades de saúde devido aos casos recentes de óbitos em decorrência desta doença na cidade de Campinas (SP). Segundo o e médico reumatologista Isaías Costa, apesar da doença ser mais característica da Região Sudeste do Brasil, é possível observar casos em Mato Grosso do Sul. “Se formos buscar no levantamento histórico no Estado foram registrados nos últimos dez anos aproximadamente a suspeita de 55 casos, sendo confirmados entorno de cinco”, pontua.

A febre maculosa é uma doença infecciosa, causada por bactérias do gênero Rickettsia e é transmitida por meio da picada do carrapato infectado, do gênero Amblyoma, mais conhecido como carrapato-estrela. Este tipo de carrapato infectado pode estar em animais equídeos, roedores e marsupiais que vivem em áreas rurais ou urbanas.

“Quando esse carrapato entra em contato com o ser humano ou com outro animal ao sugar o sangue ele faz a regugitação do alimento, fazendo com que a bactéria presente no seu sistema digestivo penetre para dentro dos vasos sanguíneos e consequentemente vai percorrer todo o organismo do individuo causando assim os sintomas da doença”, explica o reumatologista.

Isaías Costa relata que o início da febre maculosa é igual a várias outras doenças com maior frequência no Brasil, como dengue e chikungunya, por isso o diagnóstico clínico em função da semelhança como as manchas vermelhas que aparecem principalmente na palma das mãos e na planta dos pés.

“O sintoma principal é a febre muito intensa que surge após uma semana do contato com o carrapato, além de muita dor no corpo, podendo evoluir para o comprometimento do sistema gastrointestinal. Essa doença também compromete o sistema nervoso periférico, principalmente os membros começando pelas pernas e depois segue de forma ascendente chegando até a caixa torácica, o que é muito perigoso já que pode afetar o sistema respiratório”, esclarece.  

O reumatologista durante a entrevista ainda orienta a população que após atividades em áreas arborizadas, com alta vegetação e gramados, como trilhas, parques e fazendas, pois é fundamental verificar todo o corpo e remover os carrapatos que possam estar aderidos. “Os carrapatos devem ser retirados com o uso de uma pinça, sem apertar ou esmagar. A área deve ser lavada com água e sabão ou álcool. Além disso, o uso de roupas claras pode facilitar a visualização dos carrapatos, sapatos fechados, camisas de manga longa e calças podem ajudar na prevenção”.

Prevenção

A prevenção da Febre Maculosa consiste em não ter ou dificultar o contato com o carrapato. Para evitar a contaminação pela doença a SES/MS recomenda algumas medidas que devem ser adotadas pela população, principalmente em locais onde há chances de haver exposição à carrapatos:

-Use roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro;

-Use calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas;

-Evite andar em locais com grama ou vegetação alta;

-Use repelentes de insetos;

-Verifique se você e seus animais de estimação estão com carrapatos;

-Caso encontre um carrapato colado ao corpo, remova-o com uma pinça. O quanto antes retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco  de contrair a doença.

-Depois de retirado o carrapato do corpo, lave a área com álcool ou água e sabão.

-Não aperte ou esmague o carrapato, puxe-o com cuidado e firmeza.

 

A entrevista completa você confere no link da Rádio ALEMS, clicando aqui.

Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.