Líderes europeus querem mais mulheres no mercado de trabalho.

10/02/2006 - 00:00 Por: Darren Ennis

10/02/2006
O trabalho das mulheres é essencial para o futuro da União Européia, disseram os líderes de seis países do continente numa carta divulgada na sexta-feira. 
    Cinco primeiros-ministros ? da Suécia, da Espanha, da Dinamarca, da Finlândia e da República Tcheca ? e o presidente da França, Jacques Chirac, enviaram a carta aos outros 19 chefes de governo da UE, para pedir o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho. 
    Na carta, endereçada também ao presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, eles propõem um "Pacto Europeu pela Igualdade entre os Sexos". 
   "Políticas que promovam os empregos para mulheres e que garantam oportunidades, tanto para mulheres como para homens, de aliar a vida profissional à vida privada são cruciais para a manutenção de uma Europa competitiva e próspera", afirma a carta. 
   Segundo o documento, não serão necessários recursos adicionais para financiar a iniciativa. 
    A carta foi divulgada no contexto dos preparativos para a cúpula de março que reunirá os 25 chefes de Estado da Europa. Na reunião, a questão dos empregos e do crescimento econômico estará no topo da agenda. 
   Na cúpula, os líderes da UE revisarão seus planos de ação, enviados à comissão no mês passado. Eles esperam que com esses planos consigam incentivar o crescimento econômico e a criação de empregos. O continente tem 19 milhões de desempregados, o que representa 8,5 por cento da força de trabalho. 
  "O Pacto pela Igualdade entre os Sexos deve aumentar a participação das mulheres no mercado de trabalho e promover a igualdade entre homens e mulheres", diz a carta. 
  Um porta-voz da atual presidente da UE, a Áustria, elogiou a carta e confirmou que o chanceler Wolfgang Schuessel recebeu uma cópia. "Será uma contribuição valiosa para a cúpula de março, em que faremos tudo o que pudermos para criar novos empregos na Europa", disse o porta-voz. 
   O grupo lobista europeu considerou a carta positiva, mas discordou da não necessidade de recursos especiais para cumprir os objetivos. "Queremos que os líderes coloquem dinheiro em vez de só falar", disse à Reuters o secretário-geral da Eurochambres, Arnaldo Abruzzini. "Precisamos de mais ênfase financeira nessa área". 
  O grupo, que na sexta-feira organizou um evento sobre estereótipos no mercado de trabalho, quer que a UE crie uma força-tarefa para lidar com a questão. 
  No aspecto social, os seis governos disseram querer aumentar a disponibilidade de benefícios para outros dependentes e promover tanto a licença-maternidade quanto a licença-paternidade.

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