Barbosa quer fácil acesso à Bíblia Sagrada em acervos públicos

20/05/2004 - 00:55 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS

<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p><H1 style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><o:p></o:p> </H1>Foi apresentada pelo deputado estadual Barbosa (PMDB) uma Emenda Modificativa ao Projeto de Lei nº 025/04, que dispõe sobre a obrigatoriedade de manutenção dos exemplares da Bíblia Sagrada, tanto nas edições católicas como nas evangélicas, revistas e atualizadas, nos acervos das bibliotecas e unidades escolares públicas do Estado.De acordo com a Emenda, o artigo segundo da proposição passaria a ter a seguinte redação: os exemplares da Bíblia Sagrada deverão ser colocados à disposição de alunos, professores e demais usuários em local visível e de fácil acesso. Já o artigo terceiro destacaria: será sempre garantida a liberdade de opção religiosa e filosófica, sendo vedado, proibir, restringir ou limitar o acesso aos exemplares da Bíblia Sagrada, tanto de edição católica como evangélica, revistas e atualizadas mantidas nos acervos públicos.Na justificativa da Emenda o deputado destacou a preocupação da existência de Bíblias manipuladas. Por esse motivo, Barbosa acredita que com o fácil acesso ao livro e sua distribuição, estará colaborando de forma fidedigna, com o ensinamento da palavra de Deus.Livros inspirados por Deus- Conforme o parlamentar, os livros inspirados, como expressão da palavra de Deus, o conjunto de livros (Cânon) originais, são 39 escrituras hebraica do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento, totalizando 66 livros canônicos “... que como verdades infalíveis e eternas possuem autoridade final”, acrescentou. Já a existência de Bíblias com 7 livros a mais, foram extraídas da Bíblia Grega, ou “Septuaginta, traduzida da Bíblia hebraica para o Grego no ano 250 ªC., quando então, foram incluídos outros sete livros que não faziam parte dos livros inspirados da Bíblia hebraica original. <o:p></o:p>Tradução da Septuaginta- Naquela época, a Grécia dominava o mundo e foi o rei Ptolomeu Filadelfo, do Egito, que ordenou a tradução da Septuaginta. Provavelmente, os sete livros foram anexados a ela, a pedido dele, na ocasião ou posteriormente”.Esses livros não foram escritos por profetas. Assim, só os 39 livros eram considerados divinos ou inspirados, portanto não foram aceitos como tal.Também não foram aceitos como inspirados ou canônicos porque os 39 livros foram concluídos entre 465 e 425 a, C.. ED no ano 90 d.C., o concílio judaico de Jamni analisou os demais sete livros e os rejeitou.<o:p></o:p>Além disso, os sete livros não fazem partem do cânon bíblico original. Eles só foram considerados como inspirados pela Igreja Católica, no Concílio de Trento, em 8 de abril de 1546, sendo chamados “deuterocanônicos” (canônicos de Segunda época). <o:p></o:p>Jesus e os apóstolos só usaram os 39 livros hebraicos originais e tal fato se prova pelas seguintes observações:<o:p></o:p> <o:p></o:p>a) Os judeus, aos quais Deus confiou no passado a guarda das Escrituras e Seus oráculos, só aceitam como inspirados o cânon hebraico de 39 livros. Eles rejeitam os sete livros tido como deuterocanônicos; <o:p></o:p>b) Jesus e os apóstolos só usaram os 39 livros hebraicos originais, pois eles citaram 1.378 vezes o Antigo Testamento, mas nenhuma vez os sete livros; <o:p></o:p>c) A Igreja cristã primitiva os rejeitou como inspirados e canônicos, permitindo que fossem lidos apenas como livros de edificação histórica. <o:p></o:p>d) Os Pais da Igreja, tais como Atanásio, Gregório, Hilário, Rufino e Jerônimo, adotaram o cânon dos 39 livros hebraicos. <o:p></o:p>e) Jerônimo, que traduziu a Bíblia hebraica para o latim, entre 382 a 404 d.C. – a chamada Vulgata Latina – restringiu-se aos 39 livros e somente traduziu o livro não inspirado de Tobias por ordem dos bispos. <o:p></o:p>Os sete livros restantes apresentam erros doutrinários e históricos de fácil percepção, tais como: <o:p></o:p>1. Narração de anjo mentindo sobre sua origem (Tobias 5:1-9) <o:p></o:p>2. Diz que se deve negar o pão aos ímpios (Eclesiástico 12:4-6) <o:p></o:p>3. Uma mulher jejuando toda a sua vida (Judith 8:5-6) <o:p></o:p>4. Deus dá espada para Simeão matar siquemitas (Judith 9:2) 5. Dar esmola purifica o pecado (Tobias 12:9 e Eclesiástico 3:30) <o:p></o:p>6. Queimar fígado de peixe expulsa demônios (Tobias 6:6-8) <o:p></o:p>7. Nabucodonosor foi rei da Assíria, em Ninive (Judith 1:1) <o:p></o:p>8. Honrar o pai traz o perdão dos pecados (Eclesiático 3:3) 9. Ensino de magia e superstição (Tobias 2:9 e 10; 6:5-8; 11:7-16) <o:p></o:p>10. Antíoco morre de três maneiras (Macabeus 6:16; e Macabeus 1:16; 9:28) <o:p></o:p>11. Recomenda oferta pelos mortos (Macabeus 12:42-45) <o:p></o:p>12. Ensino do purgatório ou imortalidade da alma (Sabedoria 3:14) <o:p></o:p>13. O suicídio é justificado e louvado (Macabeus 14:41-46) <o:p></o:p>Diante desse quadro, vemos que a Igreja Católica os declarou inspirados e canônicos, apenas como contestação ao espírito reformista.  <o:p></o:p> <o:p></o:p>Já os evangélicos admitem como prova final que esses sete livros não são inspirados, entre outras razões, a afirmação de Macabeus de que não havia profetas em seu tempo (Macabeus 4:46; 9:27; 14:41), além do encerramento de seu livro, ao assim expor: “Se minha narração está imperfeita e medíocre, é que eu não pude fazer melhor.” (II Macabeus 2:24;15:38 e 39).Jerônimo, o tradutor da Vulgata, chamou a esses sete livros de  apócrifos, definindo-os como ocultos, secretos, escondidos ou não inspirados.Desta descrição apreende-se que para os Católicos, a Bíblia contém esses sete livros e para os evangélicos os sete livros apócrifos são apenas de valor histórico e literário, aceitando, portanto, como inspirados, apenas os 66 livros canônicos, como regras de fé e doutrina.   <o:p></o:p><A href="mailto:pastorbarbosa@terra.com.br"></A>

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