Semy negocia acordo entre Ibama e empresa de reflorestamento

14/04/2005 - 20:24 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

A recente exigência do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) para que as empresas consumidoras do carvão vegetal produzido em Mato Grosso do Sul realizem o replantio de toda a madeira que utilizarem estava inviabilizando a atividade carvoeira no Estado, deixando desempregados entre 5 e 6 mil trabalhadores diretos do setor, podendo chegar a 10 mil indiretamente. Na tentativa de resolver o impasse entre o instituto, os produtores e as empresas consumidoras, entre as quais as siderúrgicas de outros Estados, o deputado estadual Semy Ferraz (PT) intermediou um acordo entre as partes, para viabilizar novamente a atividade carvoeira local.<BR><BR>A solução encontrada, de acordo com Semy, foi a assinatura de contrato entre o setor consumidor de carvão e a empresa privada de reflorestamento Ateflor, que, através de uma Parceria Público-Privada, vai fazer o replantio nas regiões de maior extração de madeira para a produção de carvão. Segundo o diretor da Ateflor, Janir Albuquerque, o contrato que está sendo assinado prevê que serão replantados 20 mil hectares de eucalipto nos próximos três anos, começando pelo município de Ribas do Rio Pardo, devendo se estender para a região do Vale do Ivinhema. Ele também explicou que será empregada tecnologia de última geração, com o plantio de eucalipto clonado. <BR><BR>Ainda conforme Janir, a empresa deverá firmar outros contratos para expansão da área a ser reflorestada para não apenas suprir a madeira retirada atualmente, mas para ampliar o potencial da atividade local, já que as árvores podem ser exploradas em 6 ou 7 anos. Para o produtor Sérgio Polini, de Nova Andradina, a solução encontrada vai evitar que um setor econômico inteiro seja impedido de exercer a atividade, o que provocaria desemprego e prejuízos à receita do Estado. Semy também está negociando com o Banco do Brasil uma carência maior para as linhas de crédito do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) para o reflorestamento, hoje de três anos.<BR><BR>O deputado entende que a exigência do Ibama é muito importante para combater o “apagão florestal” pelo qual o Brasil está preste a enfrentar. “Ao determinar que toda madeira extraída no Estado seja reposta, o órgão contribui para o cumprimento da legislação ambiental e para que áreas devastadas e degradas sejam transformadas em cultivo de madeira. Caso contrário, o Brasil terá que importar madeira no futuro breve”, afirmou. Ele também destacou que o reflorestamento ajudará a suprir a futura demanda do pólo minero-siderúrgico que será construído em Corumbá e demandará grande quantidade de carvão vegetal, e ainda ajudará a preservar as florestas nativas.
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