<P align=justify>Deputada reuniu-se ontem com secretário de Produção, Dagobertto Nogueira, e acionou procuradoria. Preocupada com a possibilidade iminente de que parte da área do Distrito Industrial de Dourados (DID) vá a leilão, a deputada Bela Barros (PDT)está fazendo um ''esforço concentrado'' junto às autoridades estaduais em busca de uma solução que impeça a venda. A penhora de exatos 200 hectares do DID,localizado na saída para o Porto Cambira, foi determinada no dia 30 de março de 2000 pelo juiz trabalhista Ricardo Zandona, como garantia de pagamento de uma dívida do Governo do Estado com servidores da extinta Empaer, hoje Idaterra. Na terça feira a parlamentar esteve na SEPROTUR (Secretaria de Produção e Tursimo), quando discutiu o assunto em audiência com o secretário Dagoberto Nogueira. No mesmo dia, manteve contato, através da sua assessoria, com a Procuradoria Geral do Estado, responsável pelos assuntos jurídicos do governo.Segundo ela sua preocupação aumentou após a venda na semana passada, também para pagar dívidas trabalhistas, dos armazens da Agrossul onde funcionava também o Mercado do Produtor.Ontem a deputada, que preside a comissão Permanente de Indústria e Comércio da Assembléia, abordou novamente o assunto na tribuna. Ressaltando traduzir a angustia da ACID(Associação Comercial e Industrial de Dourados) e de todo o setor produtivo da cidade, Bela Barros (PDT) reforçou a necessidade de suspensão da penhora. Uma das alternativas, adiantou a parlamentar, seria a disponibilização, por parte do governo do estado, de uma outra área como garantia à justiça. Outra, como preferem os servidores, seria o pagamento da dívida, já que não há mais possibilidade de recursos à decisão judicial. Ela opinou que o impasse deve ser resolvido pela Secretaria de Produção e Turismo(Seprotur), a Procuradoria Jurídica do Estado (PGE) e a Secretaria de Coordenação Geral de Governo. Ela destacou que o momento político é ''impar'' para resolver o problema, já que, lembrou, a SEPROTUR éocupada por Dagoberto Nogueira, ''que já demonsttrou o apreço que tem por Dourados". Bela Barros reforçou o fato da penhora ser um "entrave" ao processo de industrialização da cidade e da grande região da qual é pólo."A pendência jurídica está provocando insegurança nas empresas que pretendem instalar-se na área, o que resulta no retraimento de novos investimentos e, conseqüentemente, na estagnação das economia local", ponderou a deputada estadual, assinalando que, com a insegurança causada pela penhora, apenas 14 indústrias estão instaladas no distrito. A ndustrialização foi uma das principais bandeiras da campanha da atual deputada estadual à prefeitura de Dourados e recentemente foi incluída na Agenda Estratégica, conjunto de prioridades da atual administração. ''A luta continua e só vamos sossegar quando o distrito industrial cumprir sua finalidade, que é sediar a geração de empregos'', garantiu Bela Barros ao comentar as articulações que vem fazendo pela suspensão da penhora. ACID O presidente da Associação Comercial e Industrial de Dourados, empresário Jairo de Osti, considera necessário chamar as autoridades à responsabilidade e impedir que area seja leiloada. O governo deve devolver o patrimônio à sociedade, que é quem vai perder de fato com a venda. Ele também citou a venda dos armazens da Agrosul como um motivo a mais para que se agilize a suspensão da penhora. Quem vai querer investir em uma área que pode ser vendida a qualquer momento, indagou o empresário, confirmando a tese que vem sendo defendida com insistência pela deputada de que o impasse traz insegurança aos possíveis investidores. </P>
