CPI da desnutrição e mortalidade infantil indígena poderá ser prorrogada

30/05/2005 - 21:18 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p align="justify"><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: " times="" new=""><font face="Verdana" size="2">Na próxima quarta-feira (1/6), vence o prazo de conclusão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da desnutrição e mortalidade infantil indígena, de acordo com o Departamento de Comissões da Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O presidente da Comissão, deputado estadual Maurício Picarelli (PTB), diz que vai pedir prorrogação dos trabalhos da Comissão e pretende dentro dos próximos dias visitar as aldeias situadas no município de Amambai. </font></span></p><p align="justify"><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: " times="" new=""><font face="Verdana" size="2">“Tivemos tempo de visitar somente aldeias em Dourados e Maracaju. A Comissão quer mais tempo para averiguar in loco a situação dos índios que habitam as aldeias amambaienses”, salienta Picarelli. Uma visita às aldeias de Amambai deveria ser realizada nos dias 12 e 13 de maio, contudo, devido a troca da coordenação regional da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) no Estado e também aos fatos que sucumbiram novos depoimentos, além da auditoria interna da Fundação devido ao sumiço de documentos sigilosos, foram alguns dos motivos que prolongaram os trabalhos da Comissão. </font></span></p><p align="justify"><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: " times="" new=""><font face="Verdana" size="2">Na semana passada o presidente da CPI do Índio recebeu em seu gabinete um ofício da Câmara de Amambai, solicitando a visita da Comissão no município o mais rápido possível. No ofício, os vereadores dizem que existe falta de moradia digna aos índios, bem como há falta de implantação de lavouras com assistência técnica, capacitação profissional, combate à prostituição e drogas, fornecimento de sementes, calcário, maquinários e água potável. O documento foi protocolado pelos vereadores Coconho (Prona), Gilmar Vicentin (PDT), Anderson Mansano (PL), Josué Barros (PMDB) e Jaqueline Raymundo (PSDB). </font></span></p><p align="justify"><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: " times="" new=""><font face="Verdana" size="2">Apesar da relatora da Comissão, deputado Bela Barros (PDT), ter visitado o município no último fim de semana, Picarelli garante que a Comissão deve realizar a visita dentro dos próximos dias. As aldeias que serão vistoriadas pela CPI são: Amambai, Limão Verde e Jaguari. </font></span></p><p align="justify"><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: " times="" new=""><font face="Verdana" size="2">“Nosso relatório deve ser completo em tudo e para isso necessitamos de mais tempo, até mesmo para agendarmos mais audiências públicas. Existe muita coisa que ainda não foi esclarecida”, analisa o deputado Picarelli. </font></span></p><p align="justify"><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: " times="" new=""><font face="Verdana"><font size="2"><strong>Trabalhos </strong>– No dia 16 de fevereiro, Picarelli propôs na Assembléia a criação de uma Comissão para investigar as causas e responsáveis pelo elevado índice de desnutrição e morte de crianças nas áreas indígenas do Estado e no dia 7 de março foram publicadas em Diário Oficial as primeiras pautas da CPI do Índio. </font></font></span></p><p align="justify"><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: " times="" new=""><font face="Verdana" size="2">Até o momento foram realizadas sete audiências públicas e em todas elas ficou evidente o indício de superfaturamento dos recursos enviados pelo governo federal, através da Funasa às aldeias de Mato Grosso do Sul. Em duas audiências realizadas com o então coordenador regional da Fundação no Estado, Gaspar Hickmann, este disse que a responsabilidade do órgão seria apenas curadora e não de distribuição e controle de alimentos.</font></span></p><p align="justify"><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: " times="" new=""><font face="Verdana" size="2">A CPI já ouviu coordenadores regionais da Funai, capitães de aldeias, médicos responsáveis pelo Centrinho onde estão as crianças internadas com desnutrição em Dourados, o prefeito de Dourados Laerte Tetila (PT), a coordenadora do Programa Segurança Alimentar em Dourados Lizandra Schuiaga, além de representantes de Conselhos Indígenas e até mesmo um casal de índios que foi ameaçado por delatar a ‘máfia de cartões’ – comerciantes que se apoderam dos cartões de aposentadoria dos índios para efetuar saques e obrigá-los a realizar compras em seus estabelecimentos. </font></span></p><p align="justify"><span style="FONT-SIZE: 12pt; FONT-FAMILY: " times="" new=""><font face="Verdana" size="2">A Comissão é formada por Picarelli, na presidência; pelo deputado Pedro Kemp (PT), vice-presidente; pela deputada Bela Barros (PDT), relatora e pelos deputados Luizinho Tenório (PL) e Loester Nunes (PDT), membros. <br/></font></span></p>
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