Projeto contra pílula do dia seguinte também é apresentado na Câmara Federal

31/05/2005 - 22:59 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p>Durante a sessão ordinária da Assembléia Legislativa, desta terça-feira, o deputado estadual Sérgio Assis (sem partido) afirmou que seu projeto de lei que proíbe a venda e a distribuição gratuita da pílula do seguinte segue tramitação na Casa. Em defesa da matéria Assis destacou que a deputada federal Angela Guadagnin (PT-SP) apresentou um projeto semelhante na Câmara dos Deputados. </p><p>“No dia 12 de maio a deputada Angela apresentou um projeto de lei que regulamenta a distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS) da pílula do dia seguinte e também proíbe a sua comercialização em farmácias e drogarias de todo o país. Ela é médica pediatra e clínica-geral com mestrado em saúde pública pela USP e considera o medicamento abortivo, assim como eu”, ressaltou o parlamentar. </p><p>Ele também acrescentou que se sente muito seguro em continuar sua luta contra o medicamento. </p><p>“Fico feliz em saber que existem mais políticos preocupados com a saúde da mulher e com a defesa da vida. Apesar de estar sendo duramente criticado pelos defensores da pílula, percebo que a cada dia minha luta tem mais respaldo popular”, avaliou. </p><p>Na justificativa de seu projeto a deputada Angela considera que o uso indiscriminado do medicamento pode trazer sérios problemas de saúde, avaliação semelhante a do deputado Sérgio Assis. </p><p>“O uso sem orientação pode levar a acidente vascular cerebral, tromboembolismo, enxaqueca severa e diabetes com complicações vasculares, ou a efeitos colaterais, como náuseas, que ocorrem em 40 a 50% dos casos, e vômitos em 15 a 20%. Defendo o direito das mulheres ao planejamento familiar e a democratização do seu acesso, mas me coloco contra a pílula do dia seguinte por que ela fere o princípio ético de defesa da vida”,argumenta a parlamentar. Ela encaminhou ofício ao ministro da Saúde, Humberto Costa deixando clara sua posição. </p><p>“Defendo a política de saúde do governo, mas questiono a distribuição da pílula, por considerar que é abortiva", disse a deputada. </p>
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.