Deputado vê ligação em foco de aftosa e abertura de fronteira

13/10/2005 - 14:29 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O deputado estadual Waldir Neves (PSDB) ocupou a tribuna para falar da crise gerada pela descoberta do foco de febre aftosa em Eldorado, no cone sul de Mato Grosso do Sul. Para o tucano, há ligação no surgimento da doença e na permissão, dada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para a importação de gado em pé do Paraguai para o Brasil. "Há 45 dias atrás, o Governo federal abriu as fronteiras, permitindo que o gado paraguaio adentrasse em MS", afirmou.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">"O Governo fez isso mesmo sabendo que a defesa sanitária desses países é precária", disse, destacando que a Iagro não dispõe de infra-estrutura para realizar a fiscalização. "A Iagro está com falta de condições, não tem nem mesmo papel higiênico", destacou. Para o deputado, a decisão do Governo é suspeita, porque durou, no máximo, uma semana. "Será que alguém foi beneficiado? Alguém do Governo tinha gado retido no Paraguai?", indagou, colocando a decisão sob suspeita.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Em seguida, Neves destacou que o foco de aftosa terá um impacto muito grande na economia sul-mato-grossense, ainda dependente da agropecuária. Ele lamentou que o caso tenha surgido no momento em que o setor começava a se recuperar da longa estiagem e de grave crise, com a recuperação do preço do boi e a notícia da instalação do segundo maior frigorífico do mundo em Campo Grande. "Cadê o discurso da transformação social do PT?", criticou.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O deputado Luizinho Tenório (PL) defendeu o Governo estadual das acusações de Neves. "O Governo estadual não tem culpa nenhuma", destacou. Ele analisou que os culpados podem ser os laboratórios produtores de vacina ou os responsáveis pelo seu transporte. Também isentou de culpa a proprietária da fazenda em Eldorado, já que teria comprovado a vacinação do gado com frascos, notas fiscais e testemunhos. Mas culpou o Governo federal pelo foco, porque não aplicou os recursos necessários para a vigilância sanitária animal e vegetal.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O líder do Governo na Assembléia, deputado Pedro Kemp (PT), disse que houve trabalho para ser evitado a volta da aftosa no Estado. Defendeu investigação rigorosa para apontar os responsáveis pelo novo foco. "Isto prejudica a economia de MS e do País", afirmou Kemp. Ele disse que conhece o discurso de críticas de Neves, que não reconhece os avanços econômicos e sociais alcançados nos sete anos de Governo do PT. </font></p><p> </p>
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