Humberto Teixeira quer o mesmo benefício concedido à agricultura para o setor pecuário

25/10/2005 - 15:57 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O deputado estadual Humberto Teixeira (PDT) está propondo a edição de norma que prorrogue as parcelas do crédito de custeio pecuário vencidas e a vencer em 2005. Em indicação apresentada à Mesa Diretora da Assembléia Legislativa na sessão da última quinta-feira (20), o parlamentar sugere um esforço conjunto entre os senadores Delcídio do Amaral, Ramez Tebet e Juvêncio César da Fonseca e os deputados federais Murilo Zauith, João Gradão, Geraldo Resende, Vander Loubet, Antônio Cruz, Nelson Trad,Waldemir Moka e Antônio Carlos Biffi.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Assim como na agricultura, o setor pecuário brasileiro está atravessando uma grande crise. A queda brusca no preço da arroba e a descoberta de vários focos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul e em Estados vizinhos está complicando a atividade dos produtores.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Um estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP) aponta que em nove Estados brasileiros que concentram 77,87% do rebanho bovino nacional houve queda nos preços pagos pelo boi e alta dos custos de produção no primeiro semestre.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Conforme artigo do presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária Nacional, Antenor de Amorim Nogueira, publicado na revista Gestão Pecuária de agosto deste ano, o preço da arroba do boi gordo em junho de 2005 atingiu a marca mais baixa do Brasil: R$ 52,78. Até então, durante a pior crise do setor, em 1996, a arroba era vendida a R$ 58,79. Atualmente, a situação ficou ainda pior com a arroba cotada a R$ 45, no prazo de 30 dias.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">A crise na pecuária bovina de corte é conseqüência dos baixos preços pagos aos produtores e dos elevados aumentos de custos ocorridos nos últimos dois anos. Dados da CNA em parceria com o Cepea/Esalq-USP, os custos totais da pecuária de corte subiram 15,2% de janeiro de 2004 a maio deste ano. No mesmo período os preços pagos aos produtores caíram, em média, 11,3%.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O sal mineral, por exemplo, que representa 15% dos custos da produção, encareceu 3,6% no primeiro semestre, enquanto que a cotação média da arroba do boi gordo apresentou queda de 12% em relação ao mesmo período do ano passado, influenciada pela estiagem do verão que reduziu a massa verde das pastagens e obrigou os produtores a venderem animais em número acima do esperado.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Agora é a aftosa que atrapalha ainda mais a sobrevivência do setor. De um lado, produtores com animais infectados estão tendo de sacrificar seu rebanho, do outro, frigoríficos estão paralisando suas atividades e concedendo férias coletivas aos funcionários, já que não podem colocar a carne no mercado interno e externo.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">“Há alguns anos os pecuaristas vem amargando prejuízos, por isso, peço que da mesma forma que o agricultor foi socorrido pela edição da Resolução BACEN nº 3.269 de 17 de março de 2005, a pecuária conte com tal socorro, ou seja, que tenha a possibilidade de prorrogar o pagamento das parcelas de investimentos e custeio vencidas e a vencer em 2005 devido a falta de capacidade de honrar a dívida”, comentou Humberto Teixeira.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Para o parlamentar, como Mato Grosso do Sul possui uma economia predominantemente agropecuária e é detentor do maior rebanho de corte do Brasil, a prorrogação dos débitos assumidos pelo setor é medida de extrema necessidade e urgência.</font><br/></p>
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