Lideranças e empresários pedem rapidez na manutenção da Estrada Boiadeira

11/11/2005 - 15:35 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Uma das mais antigas e importantes vias de integração e escoamento no interior do Pantanal de Mato Grosso do Sul precisa de socorro com a máxima urgência. É a AQN-04, conhecida também como Estrada da Margem Esquerda ou Estrada Boiadeira, que começa em Anastácio, passa por Aquidauana e chega até Miranda. Nesse trecho de 95 km margeando o Rio Aquidauana, ela é a única alternativa de intercâmbio e suporte às atividades sociais e econômicas de cerca de 70 propriedades e dezenas de pousadas e empreendimentos voltados ao ecoturismo.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Para assegurar a plena serventia desse corredor, as primeiras providências começam a ser tomadas. O Governo de Mato Grosso do Sul editou a Lei 3.095, de 1° de novembro deste ano, que estadualiza a Estrada Municipal AQN-04, baseado em projeto do deputado estadual Roberto Orro (PDT), aprovado pela Assembléia Legislativa no dia 28 de junho último. “Esta é uma luta bem antiga, vem de muitas décadas, principalmente depois que cresceu o fluxo de veículos automotores. Os municípios não têm caixa suficiente para bancar a manutenção das vicinais, sobretudo desta que atende muitas fazendas e pousadas e seus proprietários sofrem muitos prejuízos porque sempre acabam pagando a conta”, argumentou.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2"><strong>CONQUISTA</strong> - Com a estadualização, a AQN-04 ganha uma nova perspectiva. Além dos investimentos convencionais, o governo estadual dispõe de um programa específico para recuperar, manter e modernizar a malha viária de sua responsabilidade – o Fundersul. “Tivemos uma conquista sem precedentes. A estadualização traz uma nova expectativa para a população que produz e trabalha na região. Só esperamos que sejam iniciados o mais breve possível os trabalhos de recuperação, pavimentação e manutenção”, afirmou o pecuarista Frederico Stella, presidente da Associação dos Proprietários Rurais da Margem Esquerda (APRME).</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Ele reconhece que neste final de ano, por causa das chuvas e do encerramento do exercício administrativo, dificilmente o governo conseguirá cumprir o compromisso de investir na recuperação da estrada. “Mas ela é nossa única via e precisa de socorro imediato. O tráfego já está comprometido. A parte pavimentada com cascalho está cheia de buracos e em alguns trechos é preciso pegar desvios pelo campo. A região está abandonada literalmente e faz muito tempo”, enfatizou Stella. Por sua vez, Orro lembra que já acionou a Agesul (Agência de Gestão de Empreendimentos, antigo Dersul), responsável pela manutenção das rodovias estaduais e recebeu garantias de que o serviço será priorizado.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2"><strong>PROMOÇÃO HUMANA</strong> - Outra entidade que reforça o apelo por urgência no atendimento à AQN-04 é a Associação das Pousadas Pantaneiras (Appan), presidida por André Murano, fundada em fevereiro de 2001. Determinada a “promover o ordenamento e estimular a atividade turística, sempre de forma harmônica com a cultura pantaneira e com a devida responsabilidade perante a natureza”, a Associação preocupa-se com a saúde da estrada por sua importância no desenvolvimento e conservação do meio ambiente e como fator de promoção das relações humanas na região.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">A Appan opera o setor responsável por um avanço histórico no contexto social e econômico local: a diversificação das atividades. Até o advento do ecoturismo, a economia da região dependia unicamente da pecuária. Os desacertos da conjuntura econômica e a falta de políticas adequadas para fortalecer o setor levaram diversos pecuaristas a abrir pousadas e investir no turismo rural, sob a ótica da sustentabilidade. Hoje, os empreendimentos ecoturísticos são responsáveis pela absorção de um considerável contingente de mão-de-obra nativa que não tinha outras opções de subsistência.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">“Seguramente o ecoturismo e a consciência ambiental nessa parte do Pantanal estariam muito mais consolidados se a AQN-04 fosse tratada adequadamente pelo Estado, mesmo quando era uma vicinal, já que seu impacto positivo na economia e na promoção social em Mato Grosso do Sul é indiscutível”, aponta Orro. A geração de empregos e a qualificação profissional estão nesse contexto. Uma das pousadas da região, por exemplo, é a Fazenda Rio Negro, 7.700 hectares, uma das mais tradicionais no ambiente pantaneiro e que serviu de cenário para a novela Pantanal, filmes e documentários. A fazenda associa atividades de ecoturismo e pesquisa científica com as tarefas típicas de uma fazenda pantaneira. </font></p>
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