<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O deputado estadual, Sérgio Assis (PSB), ocupou a tribuna na sessão desta quarta-feira, por trinta minutos para falar de sua indignação e tristeza em decorrência da morte do ambientalista e presidente da Fundação para a Conservação da Natureza de Mato Grosso do Sul (Funconams) Francisco Ancelmo de Barros. O parlamentar criticou a visita da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e ainda disse que ela veio aqui para acabar com o 'sonho da população' ao suspender o Programa Pantanal em agosto deste ano.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Assis falou que através desta atitude talvez precipitada, pois o projeto nem tinha sido aprovado pela comissão, Francelmo pretendia expressar a indignação perante a política nacional de preservação em todo o Brasil. "Ele deu sua vida pela preservação do meio ambiente e não apenas pelo projeto de lei que prevê a instalação de usinas de álcool na região Norte do Estado", segundo o relato deixado em uma das 15 cartas, explicou.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Em aparte, o deputado Waldir Neves (PSDB), disse que hoje Mato Grosso do Sul necessita de um programa para desenvolver as cidades desta região e que concordando ou não, com o ato do ambientalista, Francelmo queria e conseguiu dar uma repercussão internacional para amar atenção das pessoas.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Ao retomar a indignação à visita da ministra, Sérgio Assis disse que "há pessoas de tirar fotografia nesses momentos críticos, mas não gostam de executar". O deputado Semy Ferraz (PT), como forma de esclarecimento, falou que a ministra Marina Silva, deixou os compromissos de lado para confortar a família de Francelmo neste momento e discutir com à sociedade o projeto das usinas. Semy informou que a ministra se reuniu com o vice-governador, ambientalistas e ongs para discutir o programa pantanal e ações que devem ser feitas para a preservação do meio ambiente. "Estou muito feliz com a visita da Marina Silva que acabou sinalizando concretamente à proteção do Pantanal.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2"><strong>Programa Pantanal</strong> - O Programa Pantanal foi criado em 1995, atendendo a pedidos de governos estaduais. Para sua execução, estavam previstos US$ 400 milhões, do BID, do governo japonês, do governo federal e dos estados. O programa seria executado em duas fases, entre 2001 e 2009. A primeira fase é mais voltada ao necessário planejamento, e se encerra no fim do ano. O programa prevê ações nas áreas de águas, solos, agrotóxicos, conservação da fauna, saneamento, economia, além da criação de estradas parque e criação de parques e reservas. </font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Na época, o Ministério do Meio Ambiente foi definido como coordenador do programa, responsável pela gestão ambiental e também pela construção de estradas e obras de saneamento, algo fora das atribuições da pasta. Além disso, o acordo com o BID previa a contratação de uma empresa gestora para o programa. Devido a falhas no processo licitatório, uma ação judicial se arrastou por 18 meses, trazendo prejuízos ao andamento do programa.</font><br/></p>