Projeto do governo foi considerado retrógrado, simplista, tendencioso e contraditório

24/11/2005 - 19:30 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O representando da ministra do Meio Ambiente, Paulo Guilherme Cabral, disse durante a audiência “Construção de Usinas de Álcool na Bacia do Alto Paraguai”, realizada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, em Brasília-DF, na manhã de hoje, que "o projeto apresentado pelo governo de MS é retrógrado, simplista, tendencioso e contraditório". A propositura do evento foi dos deputados Fernando Gabeira (PV-RJ) e Geraldo Resende (PPS-MS) e dela participaram dos debates Aldayr Heberli, representando a SEMA; Fernando Nascimento, representando a Seprotur;  os deputados Ary Rigo e Onevan de Matos e o secretário Executivo do Fórum em Defesa do Pantanal, Alcides Farias. Iracema Sampaio, viúva do ambientalista Francisco Anselmo de Barros, presente ao evento, recebeu a solidariedade de deputados, senadores e ambientalistas.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Segundo Paulo Guilherme Cabral," o projeto apresentado pelo governo de MS é retrógrado, porque é mais atrasado que a lei de 1982", de autoria do deputado Ary Rigo. "Na época, disse, havia a preocupação com a destruição do ecossistema. O Pantanal tem política de desenvolvimento o que precisa é ser avançada. A proposta do governo tira o conceito e considera só a planície". </font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Para Cabral, o projeto é simplista "porque coloca a atividade de cana-de-açúcar como única opção de desenvolvimento da região". Justificou, ainda, o fato de ser tendencioso, "porque o governo de  Mato Grosso do Sul tem um plano de longo prazo, Projeto 2020 e a sua intenção é o desenvolvimento sustentado, mas não respeita a análise vocacional do MS para implantação ao delegar a Seprotur a responsabilidade, quando o órgão gestor é a SEMA".</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">E, finalmente, diz que é contraditório, "porque lança alternativa de emprego,mas prioriza a mecanização, além de ferir a Resolução do CONAMA 001/85, que suspende esse empreendimento na BAP". Logo em seguida, em seu pronunciamento, o Primeiro Secretário da Assembléia, Ary Rigo complementa em tom de saudável irronia, "esse projeto é uma aberração. Fernando falou que o Dagoberto, do meu partido, tem coragem, e digo que tem coragem mesmo, pois nem a SEMA consultou".</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O ex-ministro do Meio Ambiente, deputado José Sarney Filho, manifestou sua posição contrária a instalação de usinas, "porque teve na população a opção de modelo de desenvolvimento e que é a sua verdadeira vocação: o ecoturismo". Lamentou a interrupção do Projeto Pantanal que vinha sendo desenvolvido na sua gestão e disse que essa opção acabou por precipitar modelo incorreto de desenvolvimento, gerando o impasse que vitimou Francelmo. "Antes de qualquer intervenção é preciso de zoneamento que deve ser precedido de metodologia unificada (MS/MT), e com rigoroso critério", concluiu Sarney</font></p>
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