Mulher só deve atingir igualdade no parlamento em 2040

25/11/2005 - 14:02 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">A deputada estadual Celina Jallad (PMDB), presidente do Movimento Suprapartidário de Mulheres, destacou a baixa participação de mulheres na política. De acordo com pesquisa, o número de mulheres na política mundial passou de 13,4% em 2002 para 15,7% no ano passado. Conforme as previsões, a cota de 30% no Brasil só será atingida em 2030. "Só vamos poder falar em igualdade no Parlamento brasileiro em 2040, quando metade (dos deputados e senadores) será formado por mulheres, apesar de ser a maioria dos eleitores", destacou a parlamentar, citando ainda que 90% dos professores são do sexo feminino.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">A Suécia é o país com o meior número de mulheres no Governo, que representa 55% do total. Pesquisa da ONU (Organização das Nações Unidas) apontou que Ruanda, na África, 48% dos parlamentares são mulheres, o maior índice no mundo. Em segundo lugar no ranking está a Suécia, com 45%. O Brasil ocupa a 97.ª colocação. Nas Câmaras Municipais, nas eleições de 2004, 53.266 vagas (88,35%) foram preenchidas por homens, contra 7.001 (11,61%) por mulheres. Houve redução na participação feminina em relação a 2002, quando as mulheres representavam 12,65% (6.555), contra 87,35% dos homens (45.238). </font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Os dados do Senado Federal não diferem muito dos anteiores, conforme a deputada. Dos 81 senadores, apenas 9, o que representa 11,1% do total, são mulheres. Na Câmara dos Deputados, das 513 vagas, apenas 45 são ocupadas por parlamentares do sexo feminino, 8,77% do total. Para Celina, a mulher é mais honesta e menos corrupta, já que nenhuma sentou no banco da CPI.</font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Com a eleição de mais mulheres, a deputada prevê mais projetos nas áreas de criança, família e mulher. "Na democracia, a igualdade se conquista pelo voto", concluiu. Antes, ela apontou as causas da baixa participação feminina na política: domínio masculino nos partidos políticos; o processo eleitoral elitista e excludente; a mentalidade patriarcal do eleitorado; e condições desfavoráveis de competição para as mulheres. Apesar do número de candidatas aumentar cada vez, elas ainda enfrentam campanhas eleitorais menos articuladas e com menos recursos e a dificuldade do eleitorado em votar em mulheres. </font></p><p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Para Celina, a política de cotas é importante instrumento de ação afimrativa. "A igualdade começa pela participação política. A legitimidade eleitoral abre as portas para os centros do poder, onde são tomadas as decisões sobre políticas públicas e orçamentos", ressaltou. Ela citou ainda prognósticos da ONU de que a igualdade sexual combate a pobreza, conforme matéria publicada no jornal Folha de São Paulo. </font></p>
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