Lei do papa-vento pode afetar cem mil pessoas em Campo Grande

10/01/2006 - 12:00 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS

A lei que obriga a empresa de saneamento a disponibilizar a venda do papa-vento, o aparelho eliminador de ar da tubulação do sistema de saneamento de água, pode afetar cerca de cem mil pessoas<personname grande.="" campo="" productid="\"em" w:st="\"on\""></personname><personname campo="" productid="\"em" w:st="\"on\""></personname>em Campo Grande. O número representa metade dos clientes da Águas Guariroba. A outra metade, segundo a empresa, gasta apenas <metricconverter productid="\"10" w:st="\"on\"" metros=""></metricconverter><metricconverter productid="\"10" w:st="\"on\""></metricconverter>10 metros cúbicos por mês, ou seja, paga cerca de R$ <metricconverter productid="\"16." w:st="\"on\""></metricconverter>16. A dona de casa Yeda França Goulart faz parte desse público. “Pago R$ 12 por mês, acho justo. Não tenho interesse em comprar o aparelho”, diz. Mesmo assim, Yeda acha importante o papa-vento estar à disposição da população. “Acho que é uma alternativa para quem precisa reduzir a conta”, afirma. Ela lembra que ainda existem muitas dúvidas quanto à lei. “Ninguém sabe quanto vai custara instalação”. Pela lei, a Águas Guariroba é obrigada a fornecer o aparelho, mas os custos serão pagos pelo consumidor. O equipamento eliminador de ar custa entre R$ 120 e R$ 1,8 mil, dependendo da faixa de consumo de cada imóvel.A Águas Guariroba disse que só vai se pronunciar depois que a lei for regulamentada, o que deve ocorrer até o mês de janeiro. A empresa, porém, reafirma que o aparelho pode causar a contaminação da rede de água. A assessoria de imprensa informou que a Águas Guariroba quer que o governo defina de quem será a responsabilidade em caso de contaminação. O deputado Zé Teixeira, autor do projeto, diz que não há risco de contaminação. Ele diz ainda que a economia com o papa-vento pode chegar a 35%. A Associação Brasileira de Engenheiros de Mato Grosso do Sul (Abemec/MS), por solicitação do Ministério Público, realizou uma pesquisa e constatou que com a água, também circula ar na tubulação, porém não de forma constante. Sobre o risco de contaminação em caso de alagamento ou enchente, os técnicos afirmaram que as chances são pequenas. De qualquer forma, conforme Zé Teixeira, os bairros onde ocorrem alagamentos a instalação do aparelho não é aconselhada.Em Campo Grande , pelo menos 26 estabelecimentos utilizam o equipamento. Entre eles, o Mc Donald’s (que teria registrado uma redução de 35% na conta de água), o Procon (órgão de defesa do consumidor; economia de 55%) e a Secretaria de Gestão e Gastos (48%).É por esta economia que a dona de casa Roseli dos Santos espera. Com a ajuda do marido e dos dois filhos, a conta de água caiu quase R$ 20 nos últimos meses. “Implantamos algumas mudanças no dia-a-dia”, conta. “Só lavo roupa uma vez por semana, o banho ficou menos demorado, e escovar os dentes só com a torneira desligada”. Mesmo assim, Roseli diz que ainda paga caro pelo serviço. “Em torno de R$ <metricconverter productid="\"70”\"" w:st="\"on\""></metricconverter>70”, afirma. “Quando começarem a vender o papa-vento, quero ser a primeira a comprar”, diz.

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