Professor do Amazonas diz que País vive o apagão da água

11/05/2006 - 14:42 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">"Grande parte da população brasileira vive o apagão da água potável", destacou o professor doutor Ubirajara Boechat Lopes, da Universidade do Estado do Amazonas. Ele abordou o tema "A Água como fator de restrição social no século XXI" no II Seminário Internacional de Direito, Águas e Energia que acontece hoje,na Assembléia Legislativa. </font></p><font face="Verdana" size="2"><p align="justify">Segundo o professor, "o Estado não tem mais competência financeira para atender as demandas da sociedade". "A água é um recurso natural vivo e passível de sofrer agressões de natureza física, química e biológica até a sua morte. E o custo em dinheiro para sua recuperação é muito alta. A água custa caro para que é servida e é para poucos", afirmou o palestrante.</p><p align="justify">Boechat explicou que na década passada, com a industrialização no Brasil, os centros urbanos ficaram inchados devido ao fenômeno do êxodo rural. Isso provocou uma maior demanda de água. "Desde então, as fossas biológicas, que duram somente de 5 a 10 anos, foram adotadas como solução final do problema e o Governo nunca mais investiu em estações de tratamento de esgoto", apontou Ubirajara. E lamentou: Nossos mananciais estão poluídos pelos esgotos".</p><p align="justify">De acordo com o professor, "a cidade de São Paulo vem sofrendo pela escassez de água, não por falta de dinheiro ou técnica, mas porque não tem de onde tirá-la". "A capital paulista tem que começar a tratar 100% do seu esgoto para reutilização", aconselhou. Ubirajara lembrou dos piscinões, espaços subterrâneos que contêm o excesso de água durante as chuvas, o que evita a inundação das ruas, construídos pela ex-prefeita, Marta Suplicy. "Não seriam uma maneira de conservar a água da chuva para depois tratá-la para uso?", sugeriu. Para ele é preciso ousar e ter idéias de novos projetos para o problema de saneamento sanitário. "É necessário na problemática da água o que foi realizado na questão energética como os geradores independentes", garantiu Boechat.  </p><p align="justify">Logo após a palestra do professor Ubirajara, foi a vez do embaixador de carreira do serviço de relações exteriores da Bolívia, Augustín Saavadra Weise, falar sobre "A água, integração sustentável de nossos povos". O embaixador destacou os principais recursos hídricos sul-americanos como o Aqüífero Guarani. Com ao menos 5 grandes bacias hidrográficas, a América do Sul é a maior protadora de água doce do mundo. O Aqüífero, considerado o maior manancial do mundo, tem superfície estimada de 1.194.000. Km2</p></font>
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