Dificuldades fazem crianças do campo desistirem de estudar, segundo Pastoral

08/08/2006 - 12:03 Por: Talitha Moya   

<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>&nbsp;<FONT size=1><EM>Giuliano Lopes</EM></FONT><BR><IMG height=145 alt=Odailton.jpg src="/Portals/0/Noticias/Odailton.jpg" width=218 align=left border=0><IMG height=1 src="/Providers/HtmlEditorProviders/Ftb3HtmlEditorProvider/ftb3/Utility/spacer.gif" width=1 align=right>"As crianças que vivem nos assentamentos estão mais sofrendo do que sendo educadas", afirmou o coordenador Diocesano da Pastoral Rural de Corguinho, Odailton Caetano durante audiência&nbsp; nesta manhã na Assembléia Legislativa. Segundo o coordenador, "a maioria dessas crianças que acordam as 3 da manhã para ir à escola desistem e não chegam nas universidades".</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Odailton aponta a dificuldade do transporte coletivo como uma das principais causas para a desistência escolar. "É difícil acordar as 3 horas da manha para estudar e voltar somente a noite para casa", lamentou. Sobre a qualificação do ensino nesses locais, ele diz que há muitas pessoas dispostas a ajudar mas falta investimentos por parte do poder público. O munícipio de Corguinho acolhe 36 assentamentos e 3 comunidades quilombolas.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Conforme explicações do seu representante da Patoral Rural, os órgãos do Governo como o Incra e o Idaterra cortam esses assentamentos e deixam de oferecer subsídios para os municípios que os recebem. A Pastoral, segundo Odailton, trabalha na articulação social desses assentamentos. A partir do acompanhamento do cotidiano dessas famílias, de acordo com o coordenador, são sugeridas&nbsp; melhorias,auxílio técnico, e presença educativa.</FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>"A igreja, com muita dificuldade, tenta atender o que as prefeituras não conseguem", disse o coordenador da Arquiodiocese de Campo Grande, Padre Wagner Divino. Na sua opinião, as políticas públicas têm que ser mais claras e definir melhor seu trabalho para essas comunidades. "Vivemos numa realidade em que alguns lugares tem estrutura porém não tem professores e em outros há professores mas não tem estrutura", relatou. </FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2>Para a promotora de Justiça da Infãncia e da Juventude, Vera Vieira, o transporte das crianças até a escola é um problema que tem que ser solucionado já que o custo é elevado e os municípios tem poucos recursos para mantê-lo."O problema do transporte tem que ser resolvido juntamente com o Governo Estadual", afirmou.&nbsp; Ela define como desumano o fato das crianças levantarem as 3 da manhã para poderem estudar. "O Ministério, junto com a sociedade organizada, com a Assembléia Legislativa e as Pastorais temos que resolver a situação da educação no campo", frisou.&nbsp;&nbsp; </FONT></P>
<P align=justify><FONT face=Verdana size=2></FONT>&nbsp;</P>
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