Amarildo critica impactos ambientais causados pela Reforma Agrária
14/11/2007 - 12:13
Por: Talitha Moya
<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O parlamentar relatou o caso do assentamento realizado na Fazenda Teijin, localizada no município de Nova Andradina. De acordo com Amarildo, dos 28 mil hectares de terras desapropriadas, 5.700 hectares são de reserva legal e estão sendo devastadas devido a ocupação dos assentados. "São 1.067 famílias e aproximadamente 200 sobrevivem em função do carvão, o que gera a derrubada da mata nativa", afirmou. </font></p>
<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">Amarildo criticou a maneira como é realizada a Reforma Agrária no país. "Os assentamentos são feitos sem a preocupação com a infraestrutura e sem plano pro parte do Governo Federal para que as famílias tenham condições de produzirem e sem a preocupação com o meio ambiente", reclamou.</font></p>
<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O deputado Reinaldo Azambuja (PSDB) concordou com o posicionamento de Amarildo. "Esse é o grande erro da Reforma Agrária, não temos um sistema de produção, devemos dar acesso aos que tem vocação para produzir e criar condições de sustentabilidade e parar com essa ânsia de assentar mais e mais pessoas". Na opinião de Azambuja, essa ocupação desregrada tem sido a causa para o prejuízo ambiental. "Em vários assentamentos a ta nativa nem existe mais devido a exploração de madeiras pelos moradores", completou. </font></p>
<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">A mudança do modelo de Reforma Agrária também foi defendida pelo deputado Zé Teixeira (DEM). "A reserva legal deve ser deixada sob a responsabilidade da União para que não haja mais desastres como o da Fazenda Teiji", disse. O deputado destacou ainda o desrepeito a lei que proíbe o uso de áreas sem qualidade para produção para a Reforma. "Para o produtor rural existe lei, mas para os assentamentos não", protestou. </font></p>
<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O deputado Amarildo lembrou ainda sobre o projeto de sua autoria que estabelece a suspensão das concessões de licenças de desmatamento por até cinco anos. A proposta, apresentada em setembro deste ano, tramita pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação. </font></p>
<p align="justify"><font face="Verdana" size="2">O parlamentar pretende apresentar novamente a proposição que deve sofrer alterações como a redução do período da moratória. "Se tivessemos essa lei aprovada teríamos facilidade parra fazer alguma coisa, como a conscientização dos moradores do assentamento Teiji sobre a proibição do desmatamento", lamentou Amarildo que pretende também expor a situação ao Governo Federal e ao Ibama além de exigir providências através de um relatório. </font></p>
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.