Servidor encontra em Programa força para se tornar ex-fumante

Imagem: Parar de fumar é um desafio para milhões de pessoas no País.
Parar de fumar é um desafio para milhões de pessoas no País.
16/12/2011 - 17:20 Por: Talitha Moya    Foto: Marco Miatelo

O esforço de pelo menos 30 servidores fumantes para abandonar o cigarro fez o sucesso da 1ª edição do tratamento contra o tabagismo em 2011 promovido pelo Centro de Saúde da Assembleia. O programa tem apoio das Secretarias de Saúde do Estado e do município de Campo Grande. “Tivemos um resultado excelente. Nem todos pararam, mas várias pessoas não apresentaram recaídas”, avalia a diretora de Saúde e Assistência Social do Legislativo, Fabrícia Rezende de Rezende.

O programa é oferecido gratuitamente aos servidores fumantes e dispõe de terapia cognitiva comportamental e tratamento com medicamentos. No primeiro mês, as reuniões são semanais. Já nos dois meses seguintes, são quinzenais. A partir daí os encontros passam a ser mensais. Nos encontros, os tabagistas participam de uma roda de conversa onde expõem as dificuldades e os prazeres em torno do cigarro. Tudo é pontuado por um coordenador que acompanha os relatos e orienta os servidores.

O chefe de manutenção da Casa, Antonio Marcos Domingos, o Toninho, chegou a ficar por quatro meses sem fumar, mas no último mês não resistiu à tentação. Apesar disso, ele comemora a redução de cinco para uma carteira de cigarros por dia. “É um avanço, a vida da gente é outra até para dormir. No próximo ano, vou seguir firme com o tratamento e parar definitivamente de fumar”, garante.

As recaídas, segundo Fabrícia, são previstas durante o percurso do tratamento. “Voltar a fumar não significa que a pessoa nunca vai conseguir parar. É normal que isso aconteça, só não pode desistir”, ressalta.

Depois de 29 anos fumando, a servidora Conceição do Nascimento Pereira, 46 anos, do departamento de assessoria de imprensa, finalmente conseguiu largar o vício. “O programa me ajudou muito nessa mudança, não quero voltar a fumar e vou continuar participando, tem que ter força de vontade”, afirma. Ela lembra até mesmo o dia do último cigarro que fumou, 2 de novembro, data que marcou uma nova fase da vida. “Comecei a fazer exercícios físicos e isso não combina com o hábito de fumar. Agora as pessoas sentem até mesmo o meu perfume que passava despercebido por causa do cheiro forte que o cigarro deixa na gente”, comemora a ex-fumante.

De acordo com a diretora de Saúde da Casa, o programa retorna no próximo ano a partir de fevereiro. As primeiras turmas encerram o tratamento em junho. “Vamos abrir novas vagas e continuaremos acompanhando quem teve as recaídas”, explica Fabrícia.
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.