Mato Grosso do Sul na lista de estados livres de fumódromos

Imagem: De acordo com Dione, a maior preocupação ao criar a medida foi principalmente com os males causados pelo cigarro para quem fuma ou fica em contato com
De acordo com Dione, a maior preocupação ao criar a medida foi principalmente com os males causados pelo cigarro para quem fuma ou fica em contato com
04/10/2012 - 08:27 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Giuliano Lopes

Mato Grosso do Sul entrou na lista dos estados livres de fumódromos. Foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (4/10), a lei 4.256, de autoria da deputada Dione Hashioka (PSDB), que proíbe no Estado a existência de locais destinados exclusivamente aos fumantes.

Atualmente, sete estados fazem parte do grupo que já conta com a lei antifumo: Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Roraima, Paraíba e Paraná. “A nossa maior preocupação ao criar a medida foi principalmente com os males causados pelo cigarro para quem fuma ou fica em contato com a fumaça. Com a exclusão dos fumódromos, esperamos que as pessoas passem a adotar um estilo de vida mais saudável. É uma questão de perceberem que o cigarro não faz mal só para quem fuma, mas para outros que são obrigados a conviver com isso”, afirma Dione.

O tabagismo causa cerca de 50 doenças diferentes, principalmente as cardiovasculares como hipertensão, infarto, angina e derrame. Ele é responsável por mortes por câncer de pulmão, de boca, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, rim e bexiga e pelas doenças respiratórias obstrutivas como a bronquite crônica e enfisema pulmonar.

A fumaça do cigarro é a principal forma de contágio. Ela possui 4.720 substâncias tóxicas diferentes, incluindo a nicotina, que é a causadora do vício e é cancerígena. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil já registrou uma discreta redução de fumantes entre 2010 e 2011 e passou de 15,1% para 14,8%. Em 2006, o País tinha 16,2% de fumantes.

Para o ministro da Saúde Alexandre Padilha, medidas como a proibição dos fumódromos, o aumento de preços do cigarro e a proibição do uso de aditivos devem, juntas, ter um impacto significativo na redução do tabagismo nos próximos anos.
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