Marquinhos prevê redução de 4% a 7% na tarifa de energia

A nova tarifa energética que entrará em vigor em Mato Grosso do Sul será discutida amanhã (5/4) durante audiência na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), em Brasília. Mais uma vez, o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) representará a Assembleia Legislativa e defenderá uma redução de 4% a 7%.

“Será uma reunião entre os diretores da Aneel para determinar quanto o quilowatt-hora custará em Mato Grosso do Sul a partir do dia 8 de abril, com validade de um ano”, disse Marquinhos. O parlamentar explicou que o contrato do Governo Federal com a Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul) é de 30 anos, sendo que prevê anualmente reajuste tarifário e, a cada cinco anos, revisão tarifária.

Neste ano, ocorre a 3ª revisão tarifária. “Estudos técnicos apontam para uma redução tarifária em nosso Estado de 4% a 7%. Na reunião de amanhã, farei uma sustentação oral aos auditores da Aneel e estou otimista que Mato Grosso do Sul, pela quinta vez consecutiva, terá redução tarifária”, comentou.

Marquinhos lamentou a omissão e descaso do órgão regulador para com o descontrole financeiro do Grupo Rede, dono da Enersul. “Chamo a atenção da sociedade e autoridades competentes para fatos graves que envolvem a concessionária e seus diretores. No relatório de administração da Enersul, publicado na imprensa local, ficou constatado que o Grupo Rede utilizou o dinheiro dos consumidores sul-mato-grossenses para pagar a conta de outras concessionárias”, denunciou.

Segundo o deputado, o relatório surpreende pela contabilidade. “Fraudes, omissão, superestimação de lucros e até mesmo de retirada de dinheiro de Mato Grosso do Sul para pagar contas do Pará e Tocantins. Para se ter uma ideia, os balanços dizem que o resultado financeiro passou de uma despesa de R$ 72 milhões em 2011 para uma despesa de R$ 109 milhões em 2012, o que representa uma variação de 51%. Um dado estarrecedor”.

Outro fato que preocupa o parlamentar é um saque milionário da conta da Enersul. "Em fevereiro de 2012, sacaram R$ 82 milhões da conta corrente da Enersul para quitação de financiamentos que a empresa não tinha contraído. Há também um outro escândalo verificado no relatório, que denunciarei ao Ministério Público Federal. Em 2011 e 2012, a Enersul arcou com despesas de mais de R$ 1,5 milhão para manutenção e operação de aviões utilizados pelos funcionários do Grupo Rede".