Mochi defende inclusão da reforma tributária no Pacto Nacional
Para o deputado Junior Mochi, classe política precisa ouvir, refletir e assimilar a voz das ruas.
25/06/2013 - 12:20
Por: Heloíse Gimenes
Foto: Giuliano Lopes
Como resposta às manifestações populares, ontem a presidente apresentou cinco pontos do pacto voltados para as áreas de responsabilidade fiscal e controle da inflação, reforma política, saúde, transporte público e educação.
“É preciso discutir uma melhor distribuição dos tributos arrecadados pela União. Sessenta por cento de todos os impostos ficam com a União. O restante é distribuído a Estados e Municípios. Isso é injusto e deve ser mudado”, afirmou.
Para Mochi, a classe política precisa ouvir, refletir e assimilar a voz das ruas. “O povo pede melhoria na saúde pública, o fim da corrupção e transparência nas ações do Poder Público. O coletivo é a soma dos indivíduos. A reflexão não pode ser apenas coletiva, mas individual. É necessária uma mudança de comportamento e de práticas na gestão pública. Isso que a sociedade exige de nós”.
O líder do governo ainda ressaltou a importância da democracia participativa. “A população precisa acompanhar as discussões de interesse da sociedade. Vivemos o ano das conferências em que a sociedade pode opinar nas melhorias dos serviços públicos. É primordial o envolvimento e participação de cada cidadão”, frisou.
Os deputados Professor Rinaldo (PSDB), Felipe Orro (PDT), Amarildo Cruz (PT), Zé Teixeira (DEM) e Osvane Ramos (PTdoB) também usaram a tribuna para falar sobre as manifestações. Pedro Kemp (PT) defendeu as medidas do Pacto Nacional, destacando a reforma política. A presidente propôs um debate sobre a convocação de plebiscito popular para fazer a reforma política por meio de uma Assembleia Constituinte.
“Há dez anos tramita no Congresso Nacional uma proposta de reforma política e até hoje não foi votada. A principal causa da corrupção neste país é o financiamento privado de campanha. O empresário ou empreiteiro que financiam uma campanha vão cobrar a fatura depois. Concordo com uma Assembleia Constituinte, caso contrário a reforma política nunca sairá do papel, pois o Congresso Nacional não tem interesse, se não a teria feito”, salientou Kemp.
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Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
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