Deputados debatem política salarial do Governo e conjuntura política

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Grandão e Almi: precarização das relações de trabalho preocupa
04/07/2017 - 13:17 Por: Fabiana Silvestre    Foto: Victor Chileno

A política salarial do Governo do Estado e a conjuntura política nacional foram debatidas durante a sessão plenária desta terça-feira (4/7). Cabo Almi (PT) criticou o reajuste anunciado aos servidores estaduais. "Sabemos que 2,94% de aumento não corrige nem mesmo a inflação de um ano, que tem oscilado entre 4% e 5%, e essa situação é lamentável", afirmou o deputado.

Ele participou de reunião ontem (3/7) com representantes dos servidores e do Governo. Segundo Almi, todas as categorias estão descontentes e não descartam greves nos próximos dias. "É um absurdo essa atitude. O governador [Reinaldo Azambuja] discursou durante a reunião, mas se ausentou e pediu que seus secretários anunciassem esse reajuste vergonhoso", lamentou.

Líder do PMDB na Casa de Leis, Eduardo Rocha ressaltou que 17 estados brasileiros estão com dificuldades para pagar os salários em dia dos servidores e que a crise econômica exige cuidados redobrados dos gestores. "Claro que gostaríamos que fosse dado aumento de 4%, 5% ou mais aos nossos servidores, mas tudo deve ser feito com responsabilidade, até porque pagar em dia é o mais importante. Além disso, essa situação não é de hoje, mas o resultado de 13 anos de governo [Governo Federal], que nos trouxeram até os 14 milhões de desempregados em todo o País", afirmou.

Líder do PT, João Grandão fez a defesa do partido e alertou para a precarização das relações de trabalho. "No Governo do PT [Presidência da República], chegamos ao pleno emprego, mas em um período de um ano, agora, saltamos de 10 milhões para 14 milhões de pessoas desempregadas. Nesse ritmo, em breve teremos o desemprego pleno", analisou. Segundo o deputado, a força de trabalho está sendo desvalorizada pelas instituições públicas e isso gera instabilidade social e enfraquecimento das entidades que representam os trabalhadores. "Não existe situação de controle social se houver desigualdade das relações e precisamos mudar isso", concluiu.

Sem pavimentação

Cabo Almi também criticou a gestão dos recursos públicos em Campo Grande. Segundo ele, R$ 2,2 milhões provenientes de emendas dele e do deputado federal Zeca do PT terão que ser devolvidos à União. Trata-se de verba que seria destinada à pavimentação no bairro Nashville, em Campo Grande. "O Ministério das Cidades enviou ofício comunicando o encerramento do contrato e que a Prefeitura deverá devolver o que ainda não foi aplicado nas obras. Isso é lamentável", disse.

O deputado informou que parte das obras de drenagem e instalação das redes de água e esgoto foi executada em 2016. "Contudo, a empresa não pode prosseguir com as obras e a Prefeitura, na época o prefeito Alcides Bernal, teria que ter aberto nova licitação, mas nada fez e agora o dinheiro tem que ser devolvido ao Tesouro Nacional", falou. Almi disse que solicitará aos deputados Zeca e Vander Loubet (PT) que empenhem novos recursos para garantir a pavimentação no bairro.

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