Deputada pede socorro à presidente Dilma por fim do conflito no campo

Imagem: Mara Caseiro subiu novamente na tribuna para abordar a questão das demarcações de terras
Mara Caseiro subiu novamente na tribuna para abordar a questão das demarcações de terras
04/06/2013 - 14:24 Por: Assessoria de Imprensa    Foto: Fernanda França

Desde a semana passada, Mato Grosso do Sul tem sido notícia nacional com a morte do índio Oziel Gabriel durante a reintegração de posse da Fazenda Buriti, em Sidrolândia.

O cenário de guerra chegou a ser previsto pelos deputados estaduais numa reunião em Brasília, dois dias antes da tragédia. Na sessão desta terça-feira (4), os parlamentares lamentaram a falta de ações por parte do governo Federal para resolver os conflitos por terra no Estado.

Terceira vice-presidente da Assembleia Legislativa, Mara Caseiro (PTdoB) criticou as autoridades federais em não ter escutado o clamor dos deputados estaduais.

“Estou envergonhada de ser política, a voz desta Casa de Leis não foi ouvida. Não somos contra os índios, somos contra a ilegalidade. Queremos que o governo Federal restabeleça já a ordem e o progresso”, afirmou.

Para a deputada, uma das primeiras medidas a serem tomadas pelo governo federal para pacificar a situação é olhar para a situação em que os índios vivem nas aldeias, onde muitos passam fome, frio, vivem sem atendimento na área da saúde e de higiene.

“Não é de terras que eles precisam, o que os índios querem é condições dignas de sobrevivência”, disparou.

Recentemente, uma caravana de deputados estaduais esteve em Brasília encaminhando um documento à ministra-Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, com uma série de reivindicações que visam acabar com a guerra entre índios e fazendeiros em Mato Grosso do Sul.

A ministra afirmou que a União quer acabar com os impasses nas demarcações de terras. O procedimento, que antes era de responsabilidade apenas da Funai (Fundação Nacional do Índio), a partir de agora terá a contribuição de outros órgãos, como o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e os ministérios do Desenvolvimento Social e da Justiça.

Mas só isso, na opinião da deputada, não vai acabar com a guerra, e outras vidas podem ser perdidas nesse enfrentamento. Por isso, fez um apelo à presidente da República, Dilma Rousseff, para que a mesma medida tomada no Paraná e no Rio Grande do Sul, que é o fim das demarcações, também valha aqui.

“Vivemos no mesmo País, não entendo porque em um estado é de um jeito e em outra região as coisas acontecem diferente. Presidente Dilma, quero dizer que essas vidas estão em suas mãos. Pelo amor de Deus, precisamos estabelecer a ordem e o progresso nesse país”, apelou.
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