Deputados criticam atuação do Cimi e da Funai

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Mara Caseiro critica o Cimi e a Funai
27/06/2013 - 15:09 Por: Fernanda França    Foto: Fernanda França

Os deputados estaduais Mara Caseiro (PTdoB) e Zé Teixeira (DEM), respectivamente presidente e vice da Comissão de Desenvolvimento Agrário e Assuntos Indígenas da Assembleia Legislativa, questionaram hoje (27) a atuação do CIMI (Conselho Indigenista Missionário) e da Funai (Fundação Nacional do Índio) na proteção das comunidades indígenas e na luta por melhores condições de vida desses povos.

O debate foi motivado pelo relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Cimi, apontando crescimento de 237% na violência contra os índios. Os dados englobam ameaças de morte, homicídios, tentativas de assassinato, racismo, lesões corporal e violência sexual ocorridos no ano passado, em comparação com 2011.

O levantamento aponta que, em todo o Brasil, foram registrados 60 homicídios contra a população indígena. O número representa nove mortes a mais que as registradas no ano anterior. O maior número de ocorrências ocorreu justamente em Mato Grosso do Sul, com 37 casos.

Mara Caseiro questionou se o Cimi não está divulgando dados unilaterais, “sem mostrar à presidente Dilma Rousseff a realidade que ela precisa ver”. Os dados foram obtidos a partir de relatos e denúncias dos povos e organizações indígenas. Informações levantadas pelas equipes de 11 regionais do Cimi, notícias veiculadas pela imprensa e dados de órgãos públicos que prestam assistência às comunidades também serviram de base para o relatório.

Para a deputada, a Funai e o Cimi pecam em seu papel de proteger e lutar pelos povos indígenas, que sofrem com a fome, a desnutrição, a falta de assistência social, de saúde e de políticas públicas.

Na opinião da parlamentar, os dois órgãos estimulam o conflito armado no campo, onde várias vidas de índios e não índios acabam perdidas.

“Temos visto o Cimi pregar o ódio e a Funai incentivar as desavenças, provocando esse conflito armado. Será que eles estão preocupados com a vida desses indígenas? Será que em vez de pregar o ódio eles não deveriam estar lutando por saúde e educação para eles?”, questionou.
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