Mara Caseiro exalta os 82 anos de voto feminino no Brasil

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Mara Caseiro festeja data em que as mulheres passaram a votar no Brasil
26/02/2014 - 14:41 Por: Fernanda França    Foto: Patrícia Mendes

A deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) exaltou hoje os 82 anos da conquista do voto feminino no Brasil, comemorados no dia 24 deste mês.

A data é histórica, segundo a parlamentar, para todos que lutam por uma sociedade melhor, mais justa, mais igualitária. Mesmo assim, ainda há muito o que se avançar, uma vez que as mulheres ainda lutam para ocupar os espaços de poder.

Apesar de representarem 51% da população brasileira e 52% do eleitorado, elas ainda são minoria no Congresso Nacional. No Senado, as mulheres são pouco mais de 10% dos parlamentares, enquanto na Câmara, este índice não ultrapassa os 9%.

“Nas câmaras municipais e nas assembleias legislativas este quadro se repete, o que é bastante preocupante. É por isso que fazemos este alerta, para que toda a sociedade trabalhe por mais igualdade”, comentou Mara Caseiro.

Para equilibrar a disputa entre homens e mulheres, o Congresso aprovou uma lei exigindo que pelo menos 30% das candidaturas sejam de mulheres. Elas também têm direito a uma parte do tempo de propaganda política e do fundo partidário. Entretanto, na opinião da deputada, as medidas não são suficientes.

“É preciso que as mulheres tenham garantidos 30% dos assentos nas casas legislativas. Seria um grande passo rumo à igualdade de gêneros na política”, opinou.
A deputada espera que esta realidade mude a partir das próximas gerações. A esse respeito, a lembrou do projeto Parlamento Jovem, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, que deu posse na última semana a 21 parlamentares estudantes, sendo 11 rapazes e 10 moças.

“As meninas tiveram representatividade expressiva, e isto demonstra a mudança de paradigmas em nossa sociedade”, afirmou.

VIOLÊNCIA

Mara Caseiro também lamentou os altos índices de violência contra a mulher e creditou este fato lamentável a dois fatores: ao advento da Lei Maria da Penha, que penaliza os agressores, e às mudanças graduais no próprio papel da mulher na sociedade.

“Hoje as mulheres assumiram seu papel em muitas áreas, no trabalho, no estudo, e muitos homens ainda não conseguiram compreender este processo. Acredito que este seja uma das motivações dos agressores. A Lei Maria da Penha também oferece penas mais severas e estimula as mulheres a denunciar, não ficarem caladas”, disse.
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