Igualdade de salários entre homens e mulheres será debatida na Assembleia

Imagem: Mara Caseiro e mulheres da BPW durante recente mobilização na OAB
Mara Caseiro e mulheres da BPW durante recente mobilização na OAB
28/05/2015 - 11:41 Por: Fernanda França    Foto: Patrícia Mendes

A deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) comandará nesta sexta-feira (29) a audiência pública “Trabalho Igual, Salário Igual”, que debaterá a igualdade de remuneração para homens e mulheres no mercado de trabalho. O evento terá início às 9h, no plenário Júlio Maia.

A audiência pública atende solicitação da BPW-Campo Grande (Associação das Mulheres de Negócios e Profissionais), que está desenvolvendo na capital um projeto internacional com a mesma temática.

Antes da audiência pública, Mara Caseiro e as mulheres que encabeçam o movimento participarão que uma marcha, que sairá da sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), às 7h, e seguirá até a Assembleia Legislativa.

A campanha “Trabalho igual. Salário Igual" teve início na Alemanha em 2008 e atualmente acontece em mais de 100 países, com a realização de atividades voltadas para chamar a atenção do governo, da sociedade e dos empregadores, visando por fim à discriminação contra as mulheres.

“Essa audiência é importantíssima para discutirmos essas disparidades salariais, que ainda acontecem nos dias de hoje. Queremos encontrar maneiras de colaborar para que isso não ocorra mais, trazendo uma nova conscientização para nossa sociedade, da igualdade entre homens e mulheres”, detalhou a deputada.

Segundo Mara Caseiro, dentro desse debate também está inserida a questão do trabalho decente, ou seja, as condições enfrentadas pelas mulheres em todo o Brasil para desenvolver suas atividades laborais.

“Quais as condições que essa mulher tem no trabalho? Como ela está deixando seus filhos, será que ela tem um lugar para acomodá-los, um lugar onde esses filhos sejam bem tratados, e fiquem em segurança? São essas questões que também temos que debater”, complementou.

A parlamentar lembrou ainda que as mulheres encontram muitas dificuldades, por exemplo, para conseguir vagas nos CEINF’s (Centros de Educação Infantil), o que faz com que muitas fiquem inseguras no trabalho, deixando seus filhos em condições incertas.

“Muitas vezes essa criança, que não fica em local adequado, acaba sendo abusada, como ocorreu em Bandeirantes, quando o padrinho cometeu esse tipo de crime com um menino de 2 anos enquanto a mãe estava trabalhando. São essas questões que temos que discutir”, avaliou.

Chefes de Família

As mulheres representam hoje metade da população brasileira e, se forem consideradas apenas as famílias de baixa renda, existem mais chefes de família do sexo feminino do que do masculino.

Conforme dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), as mulheres comandam 55% das famílias com renda de até um salário mínimo por pessoa.
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