Deputados federais apoiam CPI do Cimi

Imagem: Tereza Cristina e Mara Caseiro discutem sobre o andamento da CPI do Cimi
Tereza Cristina e Mara Caseiro discutem sobre o andamento da CPI do Cimi
16/10/2015 - 14:22 Por: Fernanda França - Assessoria de Imprensa    Foto: Patrícia Mendes

Os deputados federais Tereza Cristina (PSB) e Carlos Marun (PMDB) anunciaram hoje (16) apoio à CPI do Cimi – Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga se o Conselho Indigenista Missionário é culpado por incitar e financiar invasões de propriedades particulares em Mato Grosso do Sul.

Tereza esteve hoje no gabinete da deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB), presidente da CPI, e se colocou à disposição para colaborar no que for necessário. Marun, que não pode participar da reuniões devido a um contratempo com um compromisso de mandato, também hipotecou seu apoio à parlamentar e garantiu que vai se empenhar para que as investigações ocorram da melhor maneira possível.

Durante a reunião com Mara Caseiro, ocorrida na Assembleia Legislativa, Tereza classificou a deputada como “corajosa e sábia” por abordar na CPI um assunto que, de acordo com ela, é muito falado, mas pouco esclarecido.

“Eu acho que essa CPI virá para esclarecer muitas coisas, de um lado ou de outro. É importante, seja como for, que a gente tenha consciência da verdade”, opinou.

A parlamentar tem o pensamento afinado com Mara Caseiro no que diz respeito à interferência das ONGs nacionais e internacionais, que muitas vezes manipulam os indígenas em vez de auxiliá-los em suas verdadeiras demandas.

“Diferentemente do que fazem os indígenas acreditarem, não estamos fazendo nada para prejudicar, não queremos que eles sejam manipulados, e é por isso que precisamos saber da verdade, para que eles tenham terra onde é preciso mais terras, saúde onde precisa de mais saúde, e assim por diante. Não podemos mais deixar que outras pessoas, inclusive de outras nacionalidades, venham aqui para manipular os indígenas. Eles precisam decidir o que eles querem para suas vidas”, afirmou.

Para ela, a ampliação dos territórios indígenas não é o caminho mais indicado para a melhora de vida nessas comunidades.

“O que hoje se faz é pregar que a solução é aumentar terras, mas esse não é o caminho, é preciso uma política justa e descente para os povos indígenas”, disse.

Tereza Cristina também destacou a importância da aprovação de duas PECs (Propostas de Emenda à Constituição) que tramitam no Congresso Nacional: a PEC 71/2011 que, entre outras atribuições, possibilita a indenização pela terra nua e benfeitorias em áreas homologadas como de ocupação tradicional indígena, e a PEC 2015/2000, que dispõe sobre a demarcação de terras indígenas, transferindo essa competência do Poder Executivo para o Poder Legislativo.

Relatada pela senadora Simone Tebet (PMDB-MS), a PEC 71 agora vai ser analisada pela Câmara dos Deputados. “Esperamos que ela seja aceita e possa voltar para o Senado e entre em vigor o mais rápido possível”, afirmou Tereza Cristina, ressaltando que a medida não resolve todos os problemas, “mas começa a dar um encaminhamento para os conflitos no Brasil”.

A PEC 215 tramita em uma comissão especial da Câmara e tem um caminho longo a ser percorrido antes de sua aprovação.
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