Trabalho das CPIs será um "divisor de águas" para os indígenas, declara Mara Caseiro
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Membros da comissão terão uma semana para avaliar relatório, antes da votação
02/06/2016 - 15:34
Por: Eliza Moreira
Foto: Arquivo/Wagner Lopes
A deputada Mara Caseiro, vice-presidente da CPI, espera que tanto essa frente de trabalho, como a comissão que investigou o Cimi, provoquem no poder público e na sociedade, um novo momento, em que os povos indígenas comecem a ser tratados com mais seriedade. “Defender a comunidade indígena não deve ser discurso de palanque como a gente sabe que acontece. A classe política precisa sair em defesa dos indígenas, na prática. Sabemos que a maioria dos conflitos que inclusive resultam em mortes, são por causa de terras. A União precisa agir e assumir suas responsabilidades nesta questão”, defende a parlamentar.
Mara Caseiro ressalta que, mais do que nunca, é preciso cobrar do governo federal que tenha um olhar voltado para os povos indígenas. “O governo federal sempre tratou a questão indígena com descaso. Dizer que é a favor dos indígenas não significa defendê-los. Quando assumi a CPI do Cimi, felizmente, consegui fazer com que boa parte das comunidades entendesse que cuidar de suas famílias é fazer exatamente o que fizemos. Não é usar palanque para dizer palavras bonitas. Mas sim investigar a fundo aqueles que usam da boa fé desse povo para legislar em causa própria. A luta não termina junto com a CPI. É preciso mostrar a verdade, doa a quem doer. Não iremos permitir que nenhum grupo político ou entidades de qualquer natureza usem os índios como meio fácil para alcançar outros objetivos, que não a causa indígena”, disse a deputada.
A CPI que investiga a Ação/Omissão do Estado de Mato Grosso do Sul nos Casos de Violência Praticados Contra os Povos Indígenas de 2000 a 2015 é composta pelos deputados: João Grandão (PT) - presidente, Mara Caseiro (PSDB) - vice-presidente, Antonieta Amorim (PMDB), Rinaldo Modesto (PSDB) e Paulo Corrêa (PR).
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