Mochi critica instalação de Pequenas Centrais no rio Taquari

O deputado Junior Mochi (PMDB) contestou nesta terça-feira, dia 29, os projetos para instalação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) na Bacia do Rio Taquari. O parlamentar participou de audiência pública em Coxim, promovida pela Câmara Municipal de Vereadores, com a presença de mais de 300 pessoas no auditório da UEMS - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

Mochi afirmou que as PCHs causam sérios impactos ambientais, geram poucos empregos e não aumentam arrecadação. "Um empreendimento deve ser ambientalmente saudável e socialmente justo. Este não é o caso das centrais", declarou Mochi no uso da tribuna durante o Grande Expediente.

De acordo com relatórios de ONGs ambientalistas, ao contrário das grandes centrais hidrelétricas, que pagam pesados royalties aos municípios, permitindo compensações e investimentos em preservação ambiental, as pequenas hidrelétricas não deixam um centavo no local onde funcionam. Além disso, o ICMS é pago no local de consumo de energia, e não onde é gerada – e a quase totalidade sai do Estado.

Segundo ele, empresas privadas pretendem construir 17 PCHs nos rios Taquari, Coxim e Jauru, gerando impacto na bacia hidrográfica mais fragilizada de Mato Grosso do Sul, nas regiões do Paiaguás e Nhecolândia. O deputado afirmou que não é contra a geração de energia elétrica, mas criticou a forma como são instalados os empreendimentos que recebem financiamentos públicos e podem gerar lucro mensal de até R$ 2 milhões com a geração de 30 megawatts.

Mochi propôs uma grande discussão sobre a instalação de PCHs no Estado e pediu que os órgãos de regulação tenham cuidado redobrado na aprovação dos Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). Ele sugeriu que os levantamentos compreendam toda a região da bacia atingida pelo empreendimento, não apenas a área de instalação.