Kemp defende direito do índio de produzir e possuir terra

Lembrando o Dia do Índio, comemorado nesta terça-feira (19/4), o deputado estadual Pedro Kemp (PT) ocupou a tribuna para falar sobre cinco direitos fundamentais dos povos indígenas: educação, segurança, saúde, produção e terra.

Para Kemp, a educação deve valorizar o índio, resgatando a língua materna. "A educação deve ser bilingue, com a língua materna e o português", afirmou.

Ele defendeu a realização de concursos públicos para professores indígenas. Segundo Kemp, as comunidades querem professores índios dando aula nas escolas indígenas. "Tem vários índios formados, com curso superior", disse.

Kemp também afirmou que falta segurança nas aldeias, principalmente nas da região do Conesul, onde não são raros os problemas com drogas e de abusos sexuais.

O parlamentar defendeu uma parceria entre as polícias para atuar nas aldeias. "As polícias civil e militar não podem entrar nas aldeias sem autorização da Polícia Federal. A PF tem a competência, mas não tem efetivo. Tem que ter uma parceria", afirmou.

Sobre a saúde, Kemp afirmou que os índios necessitam de cuidados especiais.

Para o deputado, outro assunto importante é a produção nas aldeias. Ele lembrou que os índios da etnia Terena tem vocação para a agricultura, mas às vezes não contam com a estrutura necessária. Já os Guarani-Kaiuá não tem a mesma cultura e por isso têm necessidade de um projeto para estimular a produção.

O último direito defendido pelo deputado Pedro Kemp, no discurso desta quinta-feira, a terra, veio em tom de crítica. "Muitas pessoas gostam do índio calado, mas quando ele reivindica terra dizem que ele foi manipulado ou que tem Ong (Organização Não Governamental) internacional por trás", afirmou.