Psiquiatras alertam para os 10 sinais de transtornos em crianças

Imagem: Psiquiatras falaram sobre os sinais de transtorno de conduta que podem ser detectados pelos pais na infância e adolescência.
Psiquiatras falaram sobre os sinais de transtorno de conduta que podem ser detectados pelos pais na infância e adolescência.
08/06/2011 - 17:05 Por: Paulo Fernandes    Foto: Roberto Higa

Na audiência pública “A Juventude e a Mudança Comportamental”, proposta pela deputada Mara Caseiro (PTdoB), os médicos psiquiatras Rodrigo Abdo e Cristian Sandin falaram sobre os sinais de transtorno de conduta que podem ser detectados pelos pais na infância e adolescência. O evento aconteceu nesta quarta-feira (8/6), na Assembleia Legislativa.

De acordo com Rodrigo Abdo, que é psiquiatra especialista em infância e adolescência e psicoterapeuta, existem 10 sinais que podem revelar transtornos de conduta.

Os sinais são: redução significativa no rendimento escolar; uso e abuso de álcool, nicotina e drogas ilícitas; distanciamento de amigos e familiares e recusa a participação de compromissos familiares, antes aceitos; perturbação do sono; hiperatividade, inquietação ou agressividade; reações emocionais mais violentas; rebeldia, birra e implicância; preocupação ou ansiedade excessiva; alterações do apetite e; provocação de dano a si mesmo.

Rodrigo Abdo explica que cerca de 5 milhões de crianças brasileiras demonstram problemas mentais. Por isso, ele alerta que qualquer mudança no comportamento da criança deve ser vista com atenção. “Discutir a saúde mental da criança e do adolescente é discutir prevenção e saúde”, acrescentou.

Ainda conforme o psiquiatra, 12,6% das mães relataram ter um filho com sintomas de doença mental, sendo que 29% não conseguiram atendimento público, 47% foram atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e 24% tiveram atendimento particular.

O médico psiquiatra infantil Cristian Sandin afirmou que os sinais e sintomas podem ser detectados desde cedo. “Alguns transtornos podem ser detectados entre os 4 e 5 anos”, afirmou.

Sandin explicou que a patologia pode ser percebida com o comportamento persistente ao longo de vários anos, com agressividade física ou verbal. “É necessário que essa criança tenha tratamento eos pais tem que ter essa preocupação. A agressividade tem que ser investigada”, disse.

Terceira vice-presidente da Assembleia Legislativa, a deputada Mara Caseiro explicou que o objetivo do evento foi de tentar entender um pouco a mente humana.

Também participaram da audiência pública Angelo Motti, do CRP (Conselho Regional da Psicologia); Maria da Glória Barcelos, do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso do Sul; a reitora da universidade Anhanguera, Leocádia Petri Lemos; o procurador de Justiça Hudson Shiguer Kinachi; secretária adjunta de Educação Cheila Vendrami; o presidente do Conselho Regional de Psicologia, Carlos Afonso Medeiros; e o deputado estadual Professor Rinaldo (PSDB).
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