Recursos Humanos e financeiros explicam crise na saúde pública

Imagem: Lauro Davi é presidente da Comissão de Saúde e Seguridade Social da Assembleia.
Lauro Davi é presidente da Comissão de Saúde e Seguridade Social da Assembleia.
06/07/2011 - 12:26 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Giuliano Lopes

Após quatro meses de trabalho, a Comissão de Saúde e Seguridade Social apresentou relatório que traçou o diagnóstico real da Santa Casa de Campo Grande e sugeriu soluções para acabar com a crise na saúde pública de Mato Grosso do Sul.

O Estado é dividido em 11 macrorregiões: Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Corumbá, Ponta Porã, Naviraí, Nova Andradina, Coxim, Jardim, Paranaíba e Aquidauana. O deputado estadual Lauro Davi (PSB), presidente da Comissão de Saúde, apontou a política de regionalização da saúde adotada nos últimos anos como o principal motivo da crise.

“Existem nas macrorregiões os hospitais e equipamentos, que não possuem recursos humanos para atender adequadamente a população. Não havendo atendimento de alta complexidade no interior do Estado, consequentemente os pacientes são encaminhados para a Santa Casa de Campo Grande”, explicou.

Do total de 256.350 procedimentos realizados em 2010, 28.081 foram em pacientes do interior, o que representa cerca de 2.340 atendimentos por mês para pacientes que não residem na Capital.

O relatório aponta também o valor do repasse de verbas mensais como outro ponto que explica a crise. “Considerando que os recursos não foram repassados, a Junta Interventora operou milagres mantendo o hospital de portas abertas até hoje. Considerando que os recursos existiram, abrem-se duas hipóteses: os gestores foram incapazes de administrar adequadamente ou os recursos tiveram destinos diversos da sua finalidade”, destacou.
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