Maioria dos prefeitos de MS pode não fechar as contas
Prefeito Jocelito Krug discursou na Assembleia Legislativa; prefeituras estão fechadas
07/11/2012 - 11:03
Por: Paulo Fernandes
Foto: Giuliano Lopes
“A Lei de Responsabilidade Fiscal exige do prefeito que ele entregue o mandato com as contas em dia”, lembrou. Antes do período eleitoral, os municípios de Mato Grosso do Sul já contabilizavam redução nas receitas de R$ 145,4 milhões e aumento nas despesas de R$ 251,7 milhões, resultando em um desequilíbrio de R$ 397,1 milhões.
O levantamento também revelou que 9,5% das prefeituras de Mato Grosso do Sul já estão com os salários em atraso, 47,3% estão com atraso no pagamento de fornecedores e 41,9% deixarão restos a pagar no final do ano, sem os recursos correspondentes em caixa. Foram ouvidos 74 dos 78 prefeitos de Mato Grosso do Sul.
Por conta dessa dificuldade financeira, as prefeituras de Mato Grosso do Sul estão com as portas fechadas nesta quarta-feira (7/11). Apenas os serviços essenciais foram mantidos. “Isso é para alertar o governo federal que os recursos não são suficientes. Queremos que a presidente Dilma Rousseff faça uma compensação assim como em 2009 o Lula fez”, disse o presidente da Assomasul.
Os prefeitos foram prejudicados com medidas do governo federal que resultaram na redução dos repasses do FPM. Essa diminuição foi provocada, em parte, pela prorrogação da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) na compra de carros 0 km e eletrodomésticos. O FPM é constituído de 22,5% de tudo que o Brasil arrecada com o IPI e com o IR (Imposto de Renda).
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.