Terapeuta explica como as emoções influenciam na saúde

Imagem: Conforme a terapeuta, se a pessoa não expressa sua emoção, ela vai trancando o local e causando uma disfunção.
Conforme a terapeuta, se a pessoa não expressa sua emoção, ela vai trancando o local e causando uma disfunção.
21/11/2012 - 16:22 Por: Talitha Moya    Foto: Roberto Higa

Se você sofre de problema no fígado, saiba que ele pode estar ligado a algum sentimento de raiva. É o que defende a terapia floral, prática criada pelo médico inglês Edward Bach na primeira metade deste século para rearmonizar as emoções humanas e promover a saúde das pessoas. Em uma palestra, promovida nesta quarta-feira (21/11), na Semana da Saúde na Assembleia Legislativa, a terapeuta floral Joseanne Roque explicou que problemas como alergia, renal, de peso e coração podem ser resultados de um descompasso emocional.

“O problema renal está ligado aos medos, à Síndrome do Pânico. Muitas vezes surge com a insegurança diante do novo”, ressalta. Joseanne alerta ainda para a importância de ingerir bastante água para ajudar a manter os rins saudáveis. “Principalmente, na terceira idade, esse cuidado deve ser maior. De cada cinco idosos que dão entrada no hospital em Campo Grande, três são por desidratação”, completa.

Outro problema que pode estar associado às emoções é a alergia que, de acordo com a terapeuta, muitas vezes ocorre devido a uma situação mal resolvida que se exterioriza. “Uma exemplo é uma mulher que sofre no casamento mas que se sente obrigada a se manter nele, em sua maioria, são acometidas de problemas alérgicos”, revela.

Alterações na tireóide, órgão metabólico essencial do organismo, localizado na traquéia, também estão ligadas a um sentimento mal gerido. “Se a pessoa não expressa sua emoção, ela vai trancando o local e causando uma disfunção. Sempre digo que é preferível quebrar o copo, jogar a tampa da panela do que se manter no silêncio”, aconselha.

Uma síndrome bastante comum em atendimentos da terapia floral, conta Joseanne, é a do “Coração Partido”, doença que tem acometido principalmente as mulheres. “Hoje, as mulheres ultrapassaram os homens e tem infartado mais”, destaca. Isso porque, menciona a terapeuta, emoções como luto e a falta da pessoa amada têm afetado mais mulheres, o que comprovou uma pesquisa feita pela Universidade de Harvard, EUA. Conforme médicos da instituição, a dor de perder um amor aumenta em 20 vezes o risco de infarto.

Mas, segundo Joseanne, o problema ainda tem um antídoto. “Para não ser pego pela Síndrome do Coração Partido, seja fraterno. Porque no momento em que somos solidários ao próximo, deixamos nossos problemas para trás e eles se tornam pequenos”, receita ela.

Se atentar à régua emocional da vida e manter o equilíbrio entre as polaridades positiva e negativa é, segundo a terapeuta, essencial para uma vida mais saudável. "A grande sacada da vida é o equilíbrio. Amar em demasia ou não amar é motivo para sofrimento. O ideal é olhar para nossas emoções, sentir e viver com mais qualidade", afirma.
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