Audiência pública trata sobre políticas públicas para jovens

Imagem: Audiência pública foi realizada nesta tarde no plenário Júlio Maia.
Audiência pública foi realizada nesta tarde no plenário Júlio Maia.
15/03/2013 - 18:00 Por: Nathália Barros    Foto: Roberto Higa

Debater as políticas públicas voltadas para a juventude. Com este propósito, o deputado estadual Pedro Kemp (PT), 2° secretário da Casa de Leis, promoveu na tarde desta sexta-feira (15/3), no plenário Júlio Maia, a terceira de uma série de audiências públicas, intitulada “Políticas Públicas para a Juventude – Avaliação e Desafios”, com o objetivo de avaliar a eficiência do que já existe e o que ainda precisa ser criado para que os jovens consigam ter mais representatividade. A discussão contou com a colaboração de jovens representantes de 20 municípios, de diferentes segmentos, classes sociais e etnias.

A primeira audiência pública a abordar o assunto aconteceu em 2005. No ano seguinte mais uma plenária tratou sobre o tema. Como resultado, os questionamentos foram levados à Brasília e apresentados durante o seminário que buscou a elaboração do Plano Nacional de Políticas Públicas Para a Juventude.

De lá para cá, muito já foi conquistado. Prouni (Programa Universidade para Todos), ProJovem (Programa Nacional de Inclusão de Jovens), Cidade Digital – Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital - e tantos outros programas voltados para esse público.

Entretanto, de acordo com Sérgio Anastácio Júnior, membro do CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos), muitas prefeituras ainda não conhecem ou não se interessam em pleitear, junto ao Governo Federal, os benefícios. “Os programas são muito eficientes. Contemplam diferentes segmentos e atendem as necessidades dos jovens, desde a educação, passando pela capacitação profissional e inclusão no mercado até o fomento do esporte e das artes. O que falta é as prefeituras buscarem implantar estes projetos”, avalia.

Assentada e representante jovem do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra), Luana de Oliveira Silva acredita que a implantação dos programas disponíveis é importante, mas avalia que é preciso ir além. “Precisamos pensar nas necessidades reais da juventude do nosso Estado. Por exemplo, o Prouni é legal, mas para mim, que estou na zona rural, estudar como bolsista em uma universidade particular demandaria mais do que uma bolsa, afinal, onde me alojaria para dar continuidade aos estudos? O mesmo acontece com indígenas, quilombolas e tantos outros. O que precisamos é pensar políticas públicas, focando as necessidades reais dos jovens sul-mato-grossense”, conclui.

Subsecretária da Mulher e Promoção da Cidadania do Governo do Estado, Tai Loschi revela que a Coordenadoria Estadual da Juventude está em processo de implantação. “Com a coordenadoria poderemos aproximar os jovens da administração estadual. Dessa forma, eles poderão contribuir levando projetos e debatendo sobre as medidas mais inteligentes para o benefício do grupo”, explica.

Em Mato Grosso do Sul 459.775 pessoas têm entre 15 e 29 anos, faixa etária considerada jovem, que corresponde a 18,7% da população do Estado (2,4 milhões), de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística). Para o proponente da audiência pública, “esse público precisa de atenção especial, afinal, apesar de parecer clichê, os jovens são o futuro do nosso país. Então, quanto mais preparados, assistidos e beneficiados, melhores as perspectivas para o Brasil”.

Pedro Kemp ainda explica que um relatório, contendo todas as avaliações sobre as políticas públicas já praticadas em Mato Grosso do Sul, além das sugestões apresentadas durante a audiência, será encaminhado às 79 prefeituras municipais de Mato Grosso do Sul e ao Governo do Estado. “Queremos aprimorar o que já existe. Dessa forma, teremos mais condições de colocar em prática os anseios dos jovens”, frisou o parlamentar.
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