Deputados aprovam criação da CPI da Saúde na Casa de Leis

Imagem: Requerimento para a instalação da CPI foi apresentado pelos deputados Lauro Davi e Amarildo Cruz.
Requerimento para a instalação da CPI foi apresentado pelos deputados Lauro Davi e Amarildo Cruz.
14/05/2013 - 11:54 Por: Paulo Fernandes    Foto: Giuliano Lopes

Com o apoio de todos os deputados presentes na sessão desta terça-feira (14/5), a Assembleia Legislativa aprovou a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a irregularidade na aplicação dos recursos públicos por parte das instituições de saúde no Estado de Mato Grosso do Sul.

A ser composta por cinco parlamentares e com prazo de 120 dias para a conclusão dos trabalhos, a comissão também irá apurar a legalidade, oportunidade e conveniência das terceirizações de serviços realizados com as verbas repassadas.

O requerimento com as assinaturas foi apresentado pelos deputados Lauro Davi (PSB) e Amarildo Cruz (PT), propositores da audiência pública da última quinta-feira (9/5), que discutiu, no plenário Júlio Maia, a “Terceirização dos Serviços de Saúde no Estado do Mato Grosso do Sul”.

Amarildo lembrou que 11 deputados participaram daquele evento. Na ocasião, a promotora de Justiça Paula Volpe, que participou diretamente das investigações que desvendaram o esquema de desvio de verbas públicas da saúde envolvendo os hospitais do Câncer e Universitário, disse que a criação da CPI na Assembleia Legislativa poderá trazer elementos novos à investigação.

Em discurso na tribuna, nesta terça-feira, o deputado Amarildo destacou a importância da investigação pela Casa de Leis. “Tenho certeza de que vamos fazer uma grande comissão e uma grande investigação”, disse.

Ele lembrou que tradicionalmente as comissões parlamentares de inquérito instauradas na Assembleia Legislativa têm dado grandes contribuições à sociedade. Ele citou como exemplos as CPIs da Cesp e da Enersul.

A operação Sangue Frio, deflagrada pela PF (Policia Federal) em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União) e o MPE (Ministério Público Estadual), desvendou uma série de irregularidades e fraudes na gestão do Hospital do Câncer e do Hospital Universitário. Segundo as investigações, o esquema criminoso visava beneficiar clínicas particulares.
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